Data: 17/10/2018
A Frente Antifascista composta por docentes do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (Icsez) e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em Parintins realizou, nesta quarta-feira (17), uma mesa sobre “A crise da educação e ampliação das desigualdades”. O evento contou com a participação da 2ª Vice-presidente da Seção Sindical dos Docentes da Ufam (ADUA-SS), Milena Barroso, do ex-presidente da seção sindical, Aldair Oliveira de Andrade e das docentes da universidade estadual, Gleidys Maia e Monica Xavier.
“Escola Sem Partido x Escola Sem Mordaça”; “O Humanismo e a falta de significação”; “O Sucateamento da Universidade Pública”; e “O Neoliberalismo e a crise da educação” estiveram entre os temas debatidos pelos docentes que compuseram a mesa. A atividade integrou a programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2018 e ocorreu como resultado da Assembleia Descentralizada realizada na manhã desta terça-feira (16), no município, que deliberou apoiar as ações da Frente, em consonância com a indicação do ANDES-SN.
Segundo Milena Barroso, o debate teve como intuito chamar a atenção para a crise na Educação, para o sucateamento nas universidades públicas e para as ameaças sofridas constantemente pelos docentes, discentes e comunidade científica e acadêmica. “Houve um debate importantíssimo sobre a ausência do humanismo, reforçada pela possibilidade de retirada de disciplinas centrais para o pensamento crítico na universidade como Sociologia, Filosofia, entre outras. E sobre a proposta do movimento Escola Sem Partido que tem difundido o debate da chamada “ideologia de gênero” que nada mais é que a tentativa de impedir a discussão e o questionamento aos padrões, privilégios e hierarquias que promovem desigualdades.”, afirmou.
A necessidade de reflexão sobre a liberdade de cátedra para os professores e de um espaço plural e democrático que é a universidade, de acordo com a 2ª Vice-presidente da ADUA-SS, também foram abordadas com os presentes.
“Chamamos os presentes a pensarem sobre esse cenário que é resultado do agravamento das relações econômicas e políticas que o mundo e, particularmente, o Brasil vem vivenciando. Um cenário de neoconservadorismo e de tendências fascistas. A ideia principal foi chamar a atenção para os riscos da restrição das liberdades e da democracia”, completou.
À frente do debate sobre o tema “O Sucateamento da Universidade Pública”, Aldair Oliveira de Andrade ponderou que o desmonte da universidade pública remonta historicamente todas as medidas adotadas, desde 1996, com o estabelecimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
“O evento permitiu a discussão sobre a possibilidade de construirmos, no ambiente universitário, o entendimento necessário de que, sem uma universidade crítica e uma educação emancipatória não é possível falar em liberdade e democracia”, destacou.
Fonte: ADUA-SS
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