Reforçando a luta em defesa do serviço público e dos Servidores Públicos Federais (SPFs) foi relançada, na quarta-feira (12), a Frente Parlamentar Mista do Serviço Público, na Câmara dos Deputados. O ato é uma reposta ao desmonte promovido pelo governo Bolsonaro e aos seus recentes ataques contra os servidores
O relançamento contou com a participação de representantes de centrais sindicais, federações, sindicatos, associações e parlamentares de oposição ao governo. A Frente será coordenada por deputados e senadores e contará com o apoio de entidades sindicais e da sociedade civil organizada como ANDES-SN, Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), Auditoria Cidadã da Dívida Pública e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
A prioridade da será atuar, junto com os servidores, em resistência aos projetos de lei e propostas de emenda constitucionais que afetam a administração pública. Entre elas, está a Contrarreforma Administrativa, que ainda não foi apresentada por Bolsonaro ao Congresso Nacional, mas já é motivo de preocupação, dado o caráter neoliberal e privatista do governo.
Outra medida já em tramitação que representa uma grande ameaça aos SPFs e à qualidade dos serviços ofertados à população é a chamada “PEC Emergencial” (nº 186/2019), que pretende reduzir a jornada e os salários dos servidores em até 25%.
Essa foi uma de um conjunto de atividades que o Serviço Público Federal organizou para convocar os parlamentares a reagirem contra os desmontes idealizados pelo governo federal e serviu para marcar o início da Campanha Salarial Unificada dos SPFs. Além dos representantes sindicais, estiveram presentes 35 deputados e dois senadores.
‘‘Nossa avaliação é a de que temos que continuar lutando para barrar as contrarreformas e os ataques aos serviços públicos, nas ruas. A diminuição dos investimentos em educação, saúde, segurança pública atingem aos mais pobres. Só as ações com os parlamentares não bastam. Convocamos a categoria para mobilizações nas ruas e, conforme deliberado no 39º Congresso, precisamos ser capazes de construir a greve do Serviço Público Federal e também a Greve da Educação’’, avalia a secretária-geral do ANDES-SN, Eblin Farage.
Na terça-feira (11), as categorias tentaram protocolar presencialmente, no Ministério da Economia, a pauta de reivindicações conjunta, construída no Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), mas apenas quatro representações foram autorizadas a entrar no prédio e não foram recebidas por autoridade alguma. A pauta foi protocolada por meio digital.
Fonte: ANDES-SN com edição da ADUA-SSind
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