Se depender dos docentes e universitários da Universidade Federal de Rondônia (Unir), a reitoria comandada por José Januário Amaral está com os dias contados. A Associação dos Docentes da Unir (Adunir) e o Diretório Central dos Estudantes da mesma universidade uniram-se para a realização de um ato público, amanhã, 11, às 9h30, contra a política adotada na administração da universidade. O ato começará em frente à Biblioteca Central da Unir.
Os manifestantes acusam o reitor de contrariar regras de concursos públicos e fazer entrega de diplomas e seleção de professores sem transparência e lisura. Entre outras reivindicações, eles reclamam ainda por uma expansão responsável da universidade, por paridade de votos nos conselhos superiores, pelo cumprimento de acordos com estudantes e, principalmente, pelo exercício da democracia na universidade.
O autoritarismo do reitor pode ser percebido pela repreensão que o mesmo fez contra as manifestações ocorridas na Unir há duas semanas. Cartazes e faixas demonstravam o protesto contra a formação de banca para reavaliar a prova de cinco candidatos do vestibular do curso de Medicina, contrariando o edital do concurso. O reitor disse à imprensa que os protestos eram capciosos, maliciosos, infundados e que, portanto, vai processar os manifestantes.
O vestibular do curso de Medicina não foi, contudo, o único alvo de denúncias do Ministério Público Federal. A reitoria foi obrigada, por conta de liminar concedida pela 2ª Vara da Justiça Federal de Rondônia, a suspender seis novos cursos de graduação. O motivo foram supostas irregularidades no concurso público para professor desses cursos. Algumas das falhas no concurso foram a não revisão da prova escrita, prazo de apenas um dia para a interposição de recursos e falta de publicidade sobre membros das Bancas Examinadoras, compostas apenas após o encerramento das inscrições.
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