Data: 27/09/2018
O governo Temer ameaça mais uma vez votar a Reforma da Previdência neste ano. Em entrevista à imprensa, o presidente disse que “após as eleições, os deputados e senadores não vão estar mais preocupados com os votos e vão poder voltar suas atenções às questões do país”. Temer afirmou ainda que estuda suspender a intervenção militar no Rio de Janeiro, que impede a votação do projeto, para colocar o texto em pauta no Congresso novamente.
Para o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes, a ameaça exige uma resposta urgente da classe trabalhadora. “Nossa classe e nossas organizações, começando pelas Centrais Sindicais, precisam se mover urgentemente e, independente do calendário eleitoral ou do resultado das eleições, nossa tarefa imediata é preparar uma nova Greve Geral”, declara.
Segundo o dirigente, mesmo estando às vésperas das eleições é preciso pôr para fora Temer e os corruptos do Congresso Nacional, que aprovaram a Reforma Trabalhista e a lei da Terceirização. "O presidente se atreve a anunciar novamente a Reforma da Previdência pois sabe que entre os candidatos mais cotados, nas pesquisas de intenção de voto para a presidência da República, nenhum se compromete a não fazer tal reforma", disse.
Desta forma, de acordo com Atnágoras, cabe às direções do movimento, retomarem a luta. “Se botar pra votar, o Brasil vai parar”. Essa palavra de ordem já é um acúmulo unitário entre as Centrais e a ampla maioria das organizações do movimento de massas. Foi exatamente contra a Reforma da Previdência que houve a construção da mais ampla unidade da classe trabalhadora e foi feita a maior Greve Geral dos últimos 30 anos.
“Derrotamos o governo e os interesses da banca internacional naquele momento. Agora é hora de ser ofensivo novamente. Não se deve brincar com coisa séria, aliás, eles não estão de brincadeira”, reforça Atnágoras.
A CSP-Conlutas chama as Centrais Sindicais a organizarem, em caráter de urgência, uma reunião unitária para tratar do tema.
“Além de nos posicionarmos publicamente, precisamos preparar uma movimentação, junto as nossas bases e o conjunto da população brasileira, fazendo um chamado às demais organizações do movimento de massas, no sentido de preparar a resistência ativa de nossa classe contra essa ameaça”, antecipa o dirigente da CSP-Conlutas.
Fonte: CSP-Conlutas
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