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Greve Geral contra o ajuste fiscal e o FMI paralisou a Argentina nesta terça-feira



Data: 26/09/2018

Trabalhadores argentinos realizaram, nesta terça-feira (25), a quarta Greve Geral do país desde o início do governo de Mauricio Macri. A paralisação foi completa entre os trabalhadores ferroviários, de metrô, ônibus e transporte aéreo das grandes cidades. Houve enorme adesão entre os trabalhadores de escolas, hospitais, comércio, indústria e do serviço público.

A Greve Geral foi contra a política de ajuste fiscal de Macri, que tem empurrado a Argentina à pobreza: quase 10% da força de trabalho do país está desempregada e 11% está subempregada. A inflação em 2018 deve chegar a mais de 40% e a inflação histórica desde o início do governo, em dezembro de 2015, é de 114%.

Os trabalhadores argentinos criticam o acordo entre o governo de Macri e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Em troca de um empréstimo de US$ 50 milhões, o fundo exigirá novas reformas que atacam os serviços públicos e as condições de vida dos trabalhadores argentinos.

Em Buenos Aires, capital do país, sindicalistas e militantes de movimentos sociais organizaram os tradicionais piquetes e fechamento de ruas para dar à paralisação um caráter de manifestação ativa. O mesmo se repetiu nas maiores cidades do interior do país, como Córdoba, Mendoza, Rosário, Santa Fé e La Plata.

As mobilizações começaram ainda na segunda-feira (24), com o início da paralisação de algumas categorias de trabalhadores, entre eles os docentes universitários. Também na segunda foi realizado um ato público no centro de Buenos Aires contra o ajuste fiscal.

O presidente Mauricio Macri não está no país. Viajou a Nova Iorque, nos Estados Unidos, para avançar nas discussões com o FMI e participar de assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU). Lá chegou a anunciar, em inglês, sua candidatura à reeleição nas eleições presidenciais de 2019. O presidente também prometeu não levar o país à moratória, como o que ocorreu em 2001 por conta de acordo entre Argentina e FMI. Enquanto isso, Luis Caputo, presidente do Banco Central argentino, renunciou ao cargo nesta terça, alegando razões pessoais.

A Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas) divulgou uma nota de apoio à Greve Geral da Argentina. Na mensagem, escrita em espanhol, a Central deseja que a greve seja vitoriosa e que derrote o governo argentino e os planos do FMI. A CSP-Conlutas também organizou um ato de apoio à greve argentina nesta terça, em frente ao consulado da Argentina em São Paulo, na Avenida Paulista.


Fonte: ANDES-SN

Foto: Prensa Obrera


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