Mesmo sem terem sido recebidos nesta terça-feira (11), no Ministério da Economia, os servidores públicos federais apresentaram a Pauta Nacional de Reivindicações com pedido de abertura de negociação e designação de audiência com o ministro Paulo Guedes. Entre as reivindicações destacam-se a reposição das perdas salariais do período 2010-2019 e preservação do poder de compra; a isonomia de benefícios e paridade ativo-aposentado-pensionista; os direitos previdenciários e a valorização do serviço público e dos direitos trabalhistas.
O documento reivindica, ainda, a liberdade de organização e manifestação; o cumprimento dos acordos assinados com o governo federal; e a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) em 103,87%, referente à defasagem calculada pela inflação acumulada no período de 1996 -2019, conforme estudos do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco). Ao final do ato, a Pauta Nacional de Reivindicações dos Servidores Públicos com pedido de abertura de negociação e designação de audiência foi protocolada (Leia a pauta na íntegra).
O documento é assinado por entidades nacionais representativas do funcionalismo federal (ANDES-SN; ANFFA-Sindical; ASFOC-SN; ASMETRO-SN; ASSIBGE-SN; CNTSS; CONDSEF; CSPB; FASUBRA; FENAJUFE; FENAPRF; FENASPS: PROIFES; SINA1T; SINAL; SINASEFE; SINDCT; SINDIFISCO-Nacional; SINDIRECEITA; SINTBACEN; UNACON-Sindical) e pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), composto pelas centrais sindicais (CGTB; CSP/CONLUTAS; CTB; CUT, e INTERSINDICAL). Juntas, as entidades representam mais de 1,2 milhão de servidores públicos federais ativos, aposentados e pensionistas em todo o país.
Da comitiva de servidores presentes no Ministério da Economia, na terça-feira, foi autorizada a entrada de apenas quatro das vinte entidades, mas os servidores não foram recebidos por nenhuma autoridade. Os demais representantes foram barrados por seguranças, mostrando o descaso do governo Bolsonaro com a classe trabalhadora. Há cinco dias, o próprio ministro da economia, Paulo Guedes, declarou que os servidores públicos são “parasitas”.
Recentemente divulgado, o calendário de lutas do ANDES-SN, além de pautar atos em defesa da educação, também incorpora a luta pelos direitos dos servidores públicos. A secretária-geral do ANDES-SN, Eblin Farage, que esteve presente no Ministério, lembrou que, durante o 39º Congresso da entidade, ficou estabelecido a necessidade de envidar esforços para que seja construída uma greve do serviço público federal, a ser realizada no dia 18 de março. “Para a nossa compreensão, não há outra alternativa. Temos que enfrentar o governo, barrar os retrocessos e defender os serviços e os servidores públicos”, assegurou.
Fonte: ANDES-SN com edição da ADUA-SSind
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