Data: 10/08/2018
Trabalhadores e estudantes ocuparam a Praça da Polícia na tarde desta sexta-feira (10), por ocasião do “Dia do Basta: Dia Nacional de Mobilização e Paralisações” contra a retirada de direitos. Durante o protesto, representantes de movimentos sociais e sindicais enunciaram palavras de ordem pelo fim das contrarreformas implementadas pelo governo ilegítimo de Michel Temer, as quais têm gerado consequências drásticas ao setor público brasileiro.
O presidente da ADUA, professor Marcelo Vallina, destacou o forte impacto que a terceirização irrestrita, a reforma trabalhista e a reforma previdenciária têm sobre as universidades federais e estaduais, uma vez que a flexibilização do trabalho docente impede os concursos para professores efetivos, situação agravada também pela redução sensível dos recursos. “Uma pesquisa nacional mostra que 70% dos estudantes têm famílias com renda de um salário mínimo e meio. Isso demonstra que não é um esforço só ingressar como se manter na universidade. Fator que demanda uma assistência estudantil muito importante. Nos últimos três ou quatro anos, a assistência estudantil na Ufam caiu de R$ 8 milhões para R$ 6 milhões, ou seja, 25% no período”, afirma.
A coordenadora de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sintesam), Ana Grijó, ressaltou que a luta pela manutenção dos direitos duramente conquistados deve ser intensificada para minar os retrocessos. “Já estamos em movimento há alguns anos contra essa farsa que montaram contra os trabalhadores. E agora estamos sentindo as consequências dessas reformas, que sucatearam as universidades e os serviços públicos em geral”, disse, em crítica, sobretudo à Emenda Constitucional (EC) 95/16.
Resistência em Manaus e Parintins
No início da manhã, professores sindicalizados da ADUA e técnicos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) fizeram uma panfletagem na entrada do Campus Universitário, convocando a comunidade acadêmica a participar da mobilização desta sexta-feira (10) contra os retrocessos.
A categoria também se reuniu no hall do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ), unidade acadêmica da Ufam, em Parintins, com intuito de alertar a comunidade universitária sobre os ataques orquestrados pelo governo federal contra os trabalhadores e estudantes brasileiros.
Os participantes da mobilização também abordaram os diversos retrocessos orquestrados pelo governo golpista contra os trabalhadores brasileiros como a aprovação da Reforma Trabalhista e da Lei da Terceirização irrestrita, a EC 95/16, que limita os gastos públicos, principalmente, nas áreas de Educação e Saúde pelos próximos 20 anos, e a necessidade da continuidade da luta para barrar a votação da Reforma da Previdência.
Fonte: ADUA
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