Fazer dos espaços de discussão do ANDES-SN cada vez mais democráticos também é parte da luta dos docentes das Instituições de Ensino Superior (IES) públicas. Um reflexo dessa preocupação é a decisão da categoria de garantir aos participantes dos encontros ambientes onde possam deixar seus filhos enquanto participam dos eventos. É o que possibilitou a professora do Departamento de Química da Ufam, Karime Bentes, a participar pela primeira vez do Congresso do ANDES-SN.
Integrante da delegação da ADUA no encontro como observadora, a docente conta que decidiu participar do 39° Congresso do Sindicato Nacional pela disponibilidade do espaço infantil. “Na verdade eu não ia participar do congresso, eu aceitei realmente porque ela [a filha] ia me acompanhar e eu poderia ficar despreocupada, pois soube que ela ia receber todas as refeições, atividades lúdicas, passeios e brincadeiras, banho, soninho e tudo dentro da própria USP [Universidade de São Paulo, onde ocorre o evento]”, contou.
A garantia de espaços de convivência infantil em todas as suas atividades para que a responsabilidade com o(a)s filho(a)s não seja impeditivo para a participação do(a)s responsáveis nas atividades foi uma deliberação do 34º Congresso do ANDES-SN. Nesta edição, o espaço de convivência infantil foi adaptado na sede da Seção Sindical ADUSP e funciona com uma equipe especializada com possibilidade de receber crianças de 1 a 12 anos de idade.
Acessibilidade
Com limites de locomoção, Karime também conta com um ambiente que tem possibilitado a sua efetiva participação no Congresso. “A universidade tem condições de receber pessoas com limitações, participei de todos os grupos e plenárias em que estava inscrita sem qualquer tipo de diferenciação. Fico nos espaços destinados a pessoa com deficiência, o auditório e o prédio onde fizemos os grupos de estudo possuem rampas, elevadores e assentos reservados”, relatou.
Além da estrutura física da universidade, a professora tem recebido o atendimento dos funcionários da instituição e o apoio dos colegas professores da Ufam e de demais membros do congresso. “Vejo como uma forma de ação da luta defendida pela ADUA, a inclusão real”, disse Karime.
Fonte: ADUA-SSind.
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