Data: 06/08/2018
A grave crise social no Brasil tem tornado a vida dos trabalhadores e da população pobre cada vez mais difícil. O desemprego é um drama que já atinge 28 milhões de brasileiros(as) e pesquisas revelam que as poucas vagas que estão sendo criadas são precárias. A causa é a Reforma Trabalhista aprovada pelo governo Temer e o Congresso.
Os combustíveis e o gás de cozinha seguem tendo aumentos abusivos. Há ainda o sucateamento cada vez maior dos serviços públicos, privatizações que entregam o patrimônio nacional e constantes medidas dos governos e empresários que atacam os direitos e as condições de vida do povo.
É preciso dar um basta nessa situação! Independente do calendário eleitoral, o momento exige que os trabalhadores se organizem e fortaleçam a resistência, pois os ataques e as reformas, como a da Previdência, seguirão neste ou no próximo governo.
A greve dos caminhoneiros foi uma grande luta que parou o país e colocou em xeque o corrupto governo Temer. Em vários países, como o Haiti, Nicarágua, Argentina e França, sob os mesmos ataques, os povos também estão tomando as ruas. Este é o caminho!
As centrais sindicais brasileiras convocaram um Dia Nacional de Paralisação e Manifestações para esta sexta-feira, 10 de agosto. Será um dia de mobilização em todo o país, com paralisações e protestos nos locais de trabalho e manifestações para dizer basta a essa situação.
Motivos não nos faltam. Confira, some-se a essa luta e mobilize-se neste dia.
Desemprego e desalento
Falta trabalho para 28 milhões de brasileiros. Sem a menor chance de conseguir emprego, muitos desistiram até mesmo de procurar uma vaga. É cada vez maior o número de jovens que não estudam, nem têm emprego. Essa situação é resultado da política econômica dos governos.
Combustível e gás de cozinha
Para favorecer seus acionistas, a Petrobras passou a praticar uma política de reajustes diários dos combustíveis, o que elevou os preços de forma absurda. A gasolina pode ser encontrada por até R$ 5. O gás de cozinha chega a ser encontrado por R$ 80 e muita gente voltou até a cozinhar com álcool, o que aumentou os acidentes com queimadura no país.
Reforma Trabalhista
O governo e os empresários falavam que a reforma era para gerar empregos, mas ocorreu exatamente o contrário. Além de não gerar novas vagas, a reforma está impondo baixos salários, menos direitos e piores condições de trabalho. Foram mais de 100 mudanças na legislação e só com luta os trabalhadores estão evitando os ataques.
Caos nos serviços públicos
Enquanto a corrupção continua correndo solta, o governo aprova leis para cortar investimentos públicos e atacar os servidores, como a lei do “teto dos gastos” e pacotes de ajustes fiscal. Com isso, os serviços públicos seguem sem recursos e enfrentam o caos. Por isso, não há dinheiro para a saúde, educação, saneamento básico e moradia.
Reforma da Previdência
A luta conseguiu impedir que Temer avançasse para colocar em votação a Reforma da Previdência antes das eleições. Mas esse brutal ataque não saiu dos planos dos poderosos. Os banqueiros seguem exigindo que o próximo governo, seja quem for, aprove essa medida.
Repressão e opressão
A crise social e a violência atingem os mais pobres e ainda mais os setores oprimidos, mulheres, negros(as) e LGBTs. Com a piora nas condições de vida e a revolta cada vez maior do povo, o governo tenta se precaver, aumentando a repressão. É por isso que vemos medidas como a intervenção militar no Rio de Janeiro, repressão às lutas e um verdadeiro genocídio nas periferias, principalmente de jovens negros.
Falta de moradia
O déficit habitacional e a concentração fundiária no Brasil agravam cada vez mais a situação nas cidades e no campo. Aos movimentos popular e do campo só resta ir à luta e não à toa crescem as ocupações, retomadas de território etc.
Privatizações
Temer e o Congresso querem entregar todo o patrimônio nacional para o setor privado. São estatais estratégicas, como a Petrobras, Eletrobras, Correios, Banco de Brasil, entre outras. Além de ameaçar a soberania nacional, vai significar aumento de preços e piora no atendimento à população.
Nossas bandeiras de luta:
- Em defesa dos empregos e direitos!
- Abaixo as reformas Trabalhista e da Previdência e a Lei das Terceirizações!
- Fim da política de reajustes da Petrobras! Pela redução do preço dos combustíveis e do gás de cozinha!
- Não às privatizações da Petrobras, Eletrobras e outras! Não à venda da Embraer para a Boeing!
- Abaixo a lei do “teto dos gastos” e os pacotes de ajuste fiscal dos governos!
- Não à criminalização das lutas! Fim do genocídio nas periferias!
- Por uma Greve Geral! Fora Temer e todos os corruptos!
- Não ao pagamento da Dívida Pública aos banqueiros!
Fonte: CSP-Conlutas
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