Antes da festa, professores debateram memória do movimento docente
Começou ontem, 15, dia do professor, a programação de festejos e debates que a Adua realiza para o mês de outubro. Em mês de aniversário, a comunidade acadêmica lotou auditório da Adua em mesa-redonda sobre a memória do movimento docente da Ufam. Após o debate, professores, alunos, técnicos-administrativos e familiares comemoraram o dia do professor com coquetel e bebida ao som de canções cantadas por Simone Ávila.
Sentados à mesa, iniciaram o debate os professores Randolpho Bittencourt, Marcos Barros e a docente Graça Barreto, todos ex-presidentes da Adua. O professor Randolpho foi o primeiro presidente eleito do sindicato, e fez parte da primeira diretoria presidida pelo docente Osvaldo Coelho. “Era uma coisa inédita um professor de universidade fazer parte de um sindicato, e pouco permitida por alguns”, disse o professor Randolpho, ao lembrar o esforço que a Adua fazia em reunir os primeiros adeptos a ideia de um sindicato dos docentes.
A luta pela democratização começou dentro da universidade pública, na opinião do professor aposentado Marcos Barros. “O que fez os docentes de mobilizarem foi uma necessidade de sobrevivência e de dignidade, a politização veio depois”, lembra. “A universidade sucumbia. Quando levantamos a bandeira da universidade pública e gratuita, de qualidade amazônica, estávamos lutando pela sobrevida do nosso espaço”.
Para a professora Graça Barreto a história da Adua sinaliza a importância de lembrar o sindicato não somente em sua forma sindical. “Antes da Adua, criamos um movimento de professores também do ensino fundamental e médio”, disse. “Tínhamos uma relação orgânica com a sociedade. Hoje, essa ligação é com o umbigo pregado em nosso corpo”.
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