Os gastos do governo Bolsonaro com a educação em 2019, cerca de R$ 63,0 bilhões, foram os mais baixos desde 2015, quando foram investidos R$ 59,4 bilhões. Em seu primeiro ano, o atual governo ficou marcado por uma queda nas despesas com pessoal, ataques à educação, cortes de verbas e a não utilização de reserva para contratação de professores universitários.
Os valores investidos em 2019 com a Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) foram insuficientes. A linha que abarca todos os gastos do governo federal com remuneração de professores, aquisição de materiais, construção e conservação de estruturas, além de bolsas de estudo e custeio e transporte, prejudicou a educação nacional de diversas maneiras.
Dados do Tesouro Nacional apontam que, em 2019, houve uma queda de 19,7% no investimento, o menor percentual desde 2011 (7,6%). O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou que não tinha informações sobre os motivos das discrepâncias governamentais em relação à educação.
Banco dos professores
O Ministério da Economia (MEC) informou que, em 2019, não foram utilizados os provimentos do chamado banco de professores equivalentes do MEC, que é uma autorização legal dada às universidades federais para contratar professores. Sendo assim, R$ 1,2 bilhões não foram investidos pelo governo Bolsonaro.
Ataques contra à educação
O grande objetivo do governo em 2019 foi impor o projeto “Future-se” para que as universidades públicas fossem privatizadas. Além disso, o governo interveio na nomeação de diversos reitores, desrespeitando a votação acadêmica e escolhendo aqueles que compartilham das ideologias de Bolsonaro, em uma estratégia para abrir caminho para o projeto, fortemente rejeitado por todas as entidades educacionais do país, inclusive a ADUA-SSind.
Fonte: Portal Uol com edição da ADUA-SSind
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