Professores se reúnem em assembleia
A paralisação de estudantes no campus da Ufam em Benjamin Constant (a 1.118 quilômetros de Manaus) completa hoje 19 dias. Entre as principais reivindicações estão a melhoria da infraestrutura e a saída da direção da unidade.
Os docentes do campus resolveram hoje, em assembleia, aguardar as ações da sindicância instaurada pela reitoria da Ufam no último dia 11 de novembro, em que é determinada a apuração das denúncias feita por estudantes e professores da unidade e pela própria diretora, Valdete Carneiro.
De acordo com o vice-presidente da Adua, Jacob Paiva, que está no município, os professores de Benjamin Constant ainda não optaram pela greve e irão aguardar o afastamento da diretora, já que a sindicância foi instaurada. “Hoje à tarde haverá uma reunião entre professores, alunos e técnicos da unidade para avaliar a situação e a postura da direção em relação aos problemas. Na próxima quarta, eles devem se reunir novamente”, informou.
Jacob Paiva
Alunos protestam com faixas em campus
Para o presidente da Adua, o afastamento da diretora já deveria ter sido feito na portaria que instaurou a sindicância. “É o procedimento mais sensato. A sindicância está prevista para durar 30 dias e pode ser prorrogada por mais 30 dias. A situação no campus é complicada e merecia respostas mais imediatas em relação à insatisfação dos estudantes e professores”, declarou.
A Adua enviou, na semana passada, ao município um representante da diretoria e o advogado do sindicato para acompanhar de perto os desdobramentos da suspensão das atividades na unidade que iniciou no último dia 28 de outubro. Os estudantes fecharam salas e biblioteca em protesto por melhorias urgentes na infraestrutura do campus. De acordo com estudante Néon Solimões, do curso de Antropologia, a adesão discente a paralisação é de 90% de um total de mais de mil estudantes. “Queremos melhores condições porque a situação ficou insustentável. Não temos como dialogar com a atual diretora”, afirmou.
No documento entregue a reitoria com as reivindicações, os alunos afirmam que o afastamento da diretora se faz necessário “pelo desgoverno e falta de transparência nas prestações de contas da unidade”, entre outras reclamações. |