Data: 26/06/2018
Nota de repúdio ao governo e à Assembleia Legislativa do estado do Piauí pela truculência contra professores (as) e de solidariedade à professora Patrícia Andrade, do IFPI
Na manhã da última quinta-feira, 21 de junho, professore(a)s que se manifestavam na Assembleia Legislativa do Piauí, contra a aprovação de mais uma retirada de direitos promovida pelo Governador do Estado, Wellington Dias (PT), foram recebido(a)s com violência pela Polícia Militar.
Nos últimos dois anos o governo, sempre com alegações incoerentes, travou e retardou as negociações sobre reajuste salarial. A categoria de professore(a)s em greve exige que o Governo e a Assembleia Legislativa mantenham os reajustes acordados e que passaram por aprovação no último mês de abril. Na proposta inicial o(a)s professore(a)s teriam um reajuste de 6,81% e o(a)s demais servidore(a)s da educação 2,95%. Na última hora, alegando que a legislação eleitoral proíbe a concessão de reajustes salariais que excedam a inflação nos seis meses que antecederem o pleito, a base do governo na assembleia, a portas fechadas, referenda a ação do executivo estadual contra o(a)s trabalhadore(a)s.
As manifestações contra essa ação tiveram início no dia anterior, quando a Mesa Diretora da casa apresentou uma resolução cancelando a sessão do dia 6 de junho, ocasião em que os deputados derrubaram, por maioria de votos, os vetos do governador Wellington Dias (PT) aos reajustes anteriores. Revoltado(a)s com tal situação, nessa quinta-feira, o(a)s trabalhadore(a)s voltaram para protestar e tentar garantir o reajuste.
Na ação truculenta da Polícia Militar, determinada pelo presidente da casa, Deputado Themístocles Filho (PMDB), vário(a)s trabalhadore(a)s foram agredido(a)s, e a professora Patrícia Andrade, da base desse Sindicato Nacional, teve fratura no fêmur e precisou ser submetida a cirurgia.
O ANDES-SN apoia a luta do(a)s profesore(a)s pelos seus direitos e repudia a violência policial perpetrada contra o(a)s manifestantes. Do mesmo modo, exige que o Governo do Estado e a Assembleia Legislativa apurem os fatos para que os culpados sejam punidos, evitando que mais uma violência cometida contra uma professora fique impune.
Reafirmamos, mais uma vez, a convocatória a mais ampla unidade na luta contra a violência e a retirada de direitos da classe trabalhadora, perpetrados pelo governo estadual, como forma de atender ao governo federal.
Brasília, 22 de junho de 2018
Diretoria do ANDES-SN
Fonte: ANDES
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