Falhas na correção de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) deste ano são mais exemplos da longa lista dos problemas causados pela gestão de Abraham Weintraub à frente do Ministério da Educação (MEC).
A passagem de Abraham Weintraub pelo Ministério da Educação (MEC) é marcada por uma longa série de polêmicas e ataques à educação, estudantes, professores, universidades públicas. Weintraub é considerado o causador doe um grave retrocesso na educação brasileira.
Os ataques começaram logo após sua entrada no cargo, em 2019, quando o ministro do governo Bolsonaro anunciou o bloqueio de 30% das verbas do orçamento das universidades federais. No final de abril, o MEC anunciou o corte global de R$ 1,7 bilhão das instituições. Como resultado dos sucessivos cortes, Weintraub causou uma calamidade nas universidades pelo país, onde foram registradas falta de luz, agentes de segurança, dentre outros problemas. O país parou em atos de protestos e manifestações em mais de 200 cidades brasileiras. Como resultado, o governo recuou e as verbas voltaram às universidades.
Weintraub também esteve à frente do corte das bolsas de mestrado e doutorado, que caíram pela metade no orçamento de 2020, de R$ 4,25 bilhões, no passado, para R$ 2,20 bilhões em 2020. Muitos estudantes abandonaram projetos ou deixaram de iniciar em pesquisas. Mesmo depois de voltar atrás com a pressão popular, o ministro prejudicou diversas pesquisas com anos de estudo, causando um enorme retrocesso.
Intencionado em acabar com a autonomia universitária, sucatear e mercantilizar a educação pública, Weintraub quis impor o projeto “Future-se” nas universidades, mas foi amplamente recusado em todo o país. O ministro tentou, ainda, desqualificar as Instituições de Ensino Superior (IES), afirmando que “as universidades são antros de balbúrdia, abrigam plantações de maconha e produzem drogas sintéticas”. A declaração foi repudiada por diversas entidades de educação, inclusive pela ADUA-SSind (clique aqui para ler).
Declarações ofensivas
Sobre os professores, Weintraub afirmou, em setembro, que é preciso “atacar a zebra mais gorda”, referindo-se ao salário dos docentes universitários das instituições federais, ultrapassando todos os limites da decência e respeito ao cargo.
Fonte: Rede Brasil Atual com edição da ADUA-SSind
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