Data: 25/04/2018
Na segunda-feira (23), os docentes da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) paralisaram as atividades para pressionar o governo do estado a negociar com a categoria. Como deliberado em assembleia geral, uma comissão - composta por coordenadores da Associação dos Docentes da Uespi (Adcesp-Seção Sindical do ANDES-SN) e docentes da base -, foi até a Secretaria de Administração para cobrar respostas às demandas da categoria, sobretudo, no que diz respeito ao reajuste salarial e à implantação das promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho.
Na Secretaria de Administração, a informação era de que havia um indicativo de reunião para a próxima sexta-feira (27), que posteriormente foi confirmado pelos representantes do governo do estado. “Ano passado enviamos pelo menos 11 ofícios ao governo solicitando uma reunião. Nesse ano, já foram 3 ofícios e nada de concreto é apresentando, sequer uma reunião de negociação é agendada. Isso é inadmissível. Por isso, decidimos sair em busca do secretário e ter um compromisso público dele de que a reunião de fato iria acontecer. E assim fizemos, indo até o Tribunal de Contas, onde o secretário participava de uma audiência pública”, afirma a professora Janete Brito, diretora da Adcesp SSind.
Há quase 5 anos sem reajuste
Os docentes da Uespi já acumulam quase 5 anos sem reajuste salarial e as perdas inflacionárias ultrapassam a margem dos 33%. A categoria reivindica o reajuste salarial de 33,45% mais 6,81% de ganho real. Além de não terem reposição de perdas salariais desde 2013, o incremento financeiro decorrente das portarias que dão direito à progressão, promoção e mudança de regime de trabalho (Dedicação Exclusiva) não foi acrescido em folha pelo governo, atingindo o Plano de Cargos e Salários dos docentes da Uespi. Atualmente, cerca de 100 docentes estão nessa situação e, parte deles, com atrasos desde julho de 2017.
Com informações de O Corre Diário e imagem de Adcesp SSind.
Fonte: ANDES-SN |