Data: 17/04/2018
Nos próximos dias 21 e 22 de abril, o Movimento Mulheres em Luta (MML) realizará o segundo encontro nacional da entidade. São 10 anos de existência e resistência, marcados por muitas lutas e organização das mulheres trabalhadoras na defesa de seus direitos, e no combate ao machismo e à exploração.
O evento acontece 30 dias após o assassinato de Marielle Franco, um crime político contra uma mulher que ousou lutar em defesa dos direitos humanos e pagou com a vida. Neste sentido, o encontro servirá para refletir sobre o que representa ser mulher, sobretudo, uma mulher negra e que luta contra o estado repressor. A pergunta “Quem matou Marielle” será um dos questionamentos que o encontro trará sem esquecer outras tantas que também morreram nas periferias do país.
Histórico de lutas
O MML enfrentou o governo do PT, denunciando que a política do governo petista era igual a dos governos anteriores, como os baixos investimentos nas políticas de combate ao machismo e a insuficiência da rede de assistência às vítimas.
Esse movimento alertou para o aumento nos casos de violência doméstica, estupros e feminicídios e, também, a desigualdade para as mulheres no mercado de trabalho e na sociedade, como reflexo do aprofundamento da crise econômica.
Também construiu uma forte campanha contra o turismo sexual, o assédio, as “encoxadas” no transporte público, e organizou junto com diversas categorias encontros de mulheres e secretarias/departamentos de mulheres nos sindicatos.
Diante dos ataques dos governos e patrões, o movimento mostrou sua garra e firmeza exercendo um papel importante na luta do conjunto dos trabalhadores, enfrentando os ataques e reformas do governo Temer, assim como os projetos da bancada conservadora do Congresso que atacam direitos, como os que aumentam a criminalização do aborto.
Nestes dias 21 e 22, o MML realizará seu 2° encontro e marcará a primeira década de sua organização, mas principalmente, traçará o caminho para avançar na organização independente das mulheres trabalhadoras para combater o machismo e a exploração capitalista.
Para o MML, apresentar uma alternativa de classe para o enfrentamento ao machismo e as desigualdades impostas às mulheres no capitalismo segue sendo fundamental.
Fonte: CSP-Conlutas |