ANDES-SN denuncia ameaça da Unimontes a docentes

Data: 22/03/2018

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) divulgou nesta quinta-feira (22), por meio da Circular nº 076/18, em apoio aos professores e às professoras da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), em Minas Gerais, em greve há mais de 50 dias.

No texto, o Sindicato Nacional chama atenção para a ameaça promovida pela Reitoria da instituição de ensino superior contra a categoria, cujo movimento paredista se deu em virtude do não cumprimento do acordo firmado em 2016 e desrespeitado pelo governo estadual.

Confira na íntegra:

NOTA DE APOIO AOS PROFESSORES E PROFESSORAS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS (UNIMONTES)

O ANDES-Sindicato Nacional manifesta apoio e se solidariza com os professores e as professoras da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) que se encontram em greve há mais de 50 dias pelo cumprimento do acordo firmado em 2016. Ao mesmo tempo, o Sindicato repudia a atitude da reitoria da Unimontes, que, no dia 21 de março de 2018, emitiu comunicado afirmando que “poderá não haver o lançamento no Sistema de Administração de Pessoal SISAP/MG dos descontos relativos ao pagamento proporcional, desde que cronograma de reposição das atividades não cumpridas no período da greve, a ser definido pelas Pró Ensino, Pesquisa, Extensão e aprovado no Conselho Extensão - CEPEx, sejam cumpridos de forma imediata e concomitante com as demais atividades do ano letivo 2018.” Trata-se de uma tentativa de intimidar o movimento paredista, uma vez que o processo de negociação ainda está em estágio inicial e as definições de calendário de reposição só podem ocorrer quando a greve se encerrar. A primeira reunião que sinalizou para este sentido aconteceu no dia 20 de março, quando, em nenhum momento, a reitoria abordou o corte de salários. Ainda mais grave, a reitoria procura atemorizar os setores mais fragilizados da categoria, ao afirmar que os professores e as professoras designado(a)s que aderiram à greve deverão devolver os salários pagos durante a paralisação.

Importante reafirmar que a greve deflagrada na Unimontes em 2018 é resultado do não cumprimento do acordo firmado ao fim da greve de 2016. A verdadeira ilegalidade recai sobre o governo do Estado de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT), que não honrou sua parte no acordo e os professores e as professoras da Unimontes apenas exigem o que lhes é devido.

O ANDES-Sindicato Nacional denuncia essa ameaça da reitoria da Unimontes e reafirma o seu apoio à luta dos e das docentes da Universidade Estadual de Montes Claros!