Data: 19/03/2018
A Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas) divulgou, no último dia 16 de março, uma moção de repúdio ao assassinato de Marielli Franco. No documento, a entidader afirma que "a indignação com a execução a tiros da vereadora carioca do PSOL, Marielle Franco, e de seu motorista, Anderson Pedro Gomes, na região central do Rio, somou-se à exigência de justiça, investigação rápida, punição dos culpados e fim da intervenção federal naquele Estado".
A CSP-Conlutas diz, ainda, que o "seu assassinato é um ataque a todos e todas que lutam contra a intervenção militar no Rio de Janeiro e contra a violência contra negros e pobres das favelas e das periferias". No final da moção, a Central frisa a imediata investigação do crime, punição dos criminosos e o fim da intervenção militar no Rio de Janeiro.
Confira na íntegra a moção da CSP-Conlutas em repúdio ao assassinato de Marielli
Companheira Marielle, presente!
Marielle Franco, a quinta vereadora mais votada do Rio de Janeiro, foi assassinada na noite desta quarta-feira (14). Mulher negra, da favela, não se absteve de denunciar a violência contra negros e pobres.
As ruas do Brasil, de norte a sul, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, foram tomadas por dezenas de milhares de pessoas nesta quinta-feira (15). A indignação com a execução a tiros da vereadora carioca do PSOL Marielle Franco e de seu motorista Anderson Pedro Gomes na região central do Rio somou-se à exigência de justiça, investigação rápida, punição dos culpados e fim da intervenção federal naquele estado.
As constantes críticas feitas por Marielle aos abusos cometidos por policiais, em especial do 41º Batalhão de Acari, conhecido como "Batalhão da Morte", levam à possibilidade de que sua morte tenha sido encomendada por milicianos ou policiais militares corruptos. Marielle também havia assumido há duas semanas a relatoria de uma Comissão na Câmara Municipal para acompanhar a intervenção militar no Rio.
A violência desse assassinato provocou uma forte comoção e indignação, levando a um repúdio generalizado dentro e fora do país. Representantes de todas as instituições brasileiras, do governo Temer, Congresso e judiciário, até organismos internacionais como ONU (Organização das Nações Unidas), Anistia Internacional, além de governos, se pronunciaram. Artistas e diversas personalidades também repudiaram o crime.
O Parlamento Europeu, além de repudiar o assassinato, ameaçou romper relações com o Mercosul. Houve ainda atos organizados em países, como Portugal, Espanha, Chile, entre outros.
Seu assassinato é um ataque a todos e todas que lutam contra a intervenção militar no Rio de Janeiro e contra a violência contra negros e pobres das favelas e das periferias.
A CSP-Conlutas se solidariza com as companheiras e companheiros do PSOL, com os familiares e amigos de Marielle e de seu motorista e com os que lutam no Rio de Janeiro.
Exigimos imediata investigação do crime, punição dos criminosos e o fim da intervenção militar no Rio de Janeiro.
Todo repúdio a esse crime bárbaro!
Marielle Franco, presente!
Fonte: ADUA com informações da CSP-Conlutas |