Data: 09/02/2018
Em assembleia nesta quarta-feira (7), motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo aprovaram greve para 19 de fevereiro caso haja a votação no Congresso Nacional da reforma que retira a aposentadoria dos trabalhadores.
A categoria se prepara para uma forte Campanha Salarial contra a implantação da Reforma Trabalhista e a proposta de licitação dos Transportes da capital paulista, que deve acabar com mais 4 mil postos de trabalho. Também se mostrou disposta a impedir a Reforma da Previdência. Sinal de que o governo Temer não está convencendo ninguém de que esta reforma pode quebrar o país.
Na assembleia, o metroviário Altino Prazeres, integrante da CSP-Conlutas, convocou à luta os condutores. “Não podemos aceitar que o governo Temer retire a aposentadoria dos trabalhadores, se botar pra votar o Brasil vai parar”, defendeu o dirigente da Fenametro (Federação Nacional dos Metroviários), chamando a paralisação no dia 19. Altino também manifestou o apoio da CSP-Conlutas à Campanha Salarial da categoria.
Além da campanha contra a Reforma da Previdência, os condutores de São Paulo se preparam para barrar a Reforma Trabalhista em sua base impedindo a implantação das novas regras nos acordos coletivos que devem ser fechados após a mobilização. “Reforma Trabalhista aqui não” é o tema da campanha.
“Nós queremos fechar um acordo favorável a nossa categoria, não vamos aceitar que nos retirem direitos”, frisa o diretor executivo do Sindicato dos Condutores Marcos Antonio Coutinho, secretário de manutenção, ligado à CSP-Conlutas.
A Campanha Salarial também envolve a luta para barrar o projeto de licitação do transporte do prefeito João Dória cuja intenção é reduzir em pelo menos 1 mil a frota de 14.600 mil veículos. Isto provocaria mais de 4 mil demissões.
Segundo Marco Antonio, a categoria está disposta a lutar para defender seus direitos e emprego. “Já estamos organizando nossa luta nos locais de trabalho, fazendo reuniões, vamos realizar plenárias e a campanha já está forte na boca do trabalhador”, salienta.
No dia 16 de fevereiro haverá nova atividade para definir um plano de ação da campanha da categoria.
A CSP-Conlutas, apesar de minoria na direção do Sindicato dos Condutores de SP, não medirá esforços para o êxito dessa campanha.
Fonte: CSP-Conlutas
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