Data: 29/01/2018
Após seis dias de debates, os docentes definiram as deliberações que irão orientar as lutas da categoria no próximo período. No total, foram aprovadas mais de 30 moções e a leitura da Carta de Salvador. A retomada das mobilizações no patamar da realizadas em 2017 em articulação com as bases, pressionando as centrais sindicais e construindo uma forte unidade para combater as contrarreformas é uma das grandes tarefas para este ano, segundo a presidente do ANDES, Eblin Farage.
“Temos o desafio, já para fevereiro, de barrar a contrarreforma da Previdência e, para isso, é necessário que construamos, nas nossas bases, a greve geral, a mobilização da nossa categoria. Que as nossas universidades parem para dizer não à contrarreforma da Previdência”, afirmou Farage, acrescentando que “certamente, esse é um ano em que o ANDES-SN vai ser desafiado a dizer qual projeto de educação ele quer continuar a construir. Por isso, todos os nossos docentes estão convocados a reafirmar um sindicato que é classista, que é de luta, e que é autônomo”, disse a presidente do Sindicato Nacional.
O 37° Congresso do ANDES foi realizado de 22 a 27 de janeiro, na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Salvador (BA). O encontro contou com a presença de 581 participantes, sendo 413 delegados, 122 observadores, de 82 seções sindicais, 10 convidados e 36 diretores, sendo considerado o maior da história do Sindicato Nacional.
Greve Geral
Os delegados e delegadas do Congresso do ANDES votaram diversas deliberações referentes ao tema “Políticas Sociais e Plano Geral de Lutas”, para instrumentalizar a luta da categoria docente em relação às questões de seguridade social e aposentadoria e política educacional. Entre as deliberações estavam a construção de uma Greve Geral para barrar a contrarreforma da Previdência.
Os participantes do encontro debateram estratégias de luta contra mais este golpe do governo Temer e em defesa da Seguridade Social e da aposentadoria. Nesse sentido, foi aprovada a intensificação da luta contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287/2016 e a luta pela construção de uma nova Greve Geral, tendo em vista a votação da PEC, que deve voltar à pauta do Congresso Nacional em fevereiro.
Além disso, foram aprovadas ações no campo jurídico contra a propaganda enganosa do governo federal sobre o déficit da Previdência, contra o fornecimento de dados pessoais, ao sistema financeiro, pelo Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Foi reafirmada a luta histórica do sindicato pela integralidade e paridade dos docentes aposentados.
Conforme deliberado pelos participantes do 37º Congresso, o ANDES-SN irá editar um caderno com o resultado da pesquisa sobre a situação dos regimes próprios de previdência social e previdência complementar nos Estados. O Caderno é fruto de um estudo, apresentado durante o Congresso, realizado pelo Sindicato Nacional em parceria com docentes e pesquisadores, que levantou informações sobre a situação da previdência dos servidores estaduais nas 19 unidades federativas onde o ANDES-SN tem seções sindicais.
Fonte: ANDES com edição da ADUA |