Data: 15/01/2018
A Secretaria Executiva Nacional (SEN) da Central Sindical de Popular (CSP-Conlutas) definiu, em reunião realizada na última quinta-feira (11), que todos os próximos esforços da entidade serão concentrados numa forte mobilização para barrar a Reforma da Previdência. A votação da reforma que representa o fim do direito à aposentadoria foi marcada pelo governo Temer para o dia 19 de fevereiro deste ano. Esta foi a primeira reunião da nova SEN, eleita na última reunião da Coordenação Nacional da Central em dezembro do ano passado.
“Vamos colocar na rua uma forte campanha, com vídeos, materiais impressos e nas redes sociais, para conscientizar os trabalhadores e a maioria da população sobre a gravidade desse ataque, bem como buscar construir um forte processo de lutas, rumo a uma nova Greve Geral para derrotar essa reforma”, afirma a CSP-Conlutas em texto publicado em sua página oficial. A entidade faz um chamado às direções das demais centrais sindicais para que seja marcada com urgência uma reunião de preparação para um calendário de mobilizações.
No ano passado, as centrais sindicais aprovaram que caso o governo colocasse a reforma para votar, seria realizada uma Greve Geral para parar Brasil. “Precisamos nos organizar para que isso seja concretizado, retomando com força a campanha contra a reforma junto aos trabalhadores e à população, e definindo um calendário de mobilização desde já”, afirma a CSP-Conlutas, acrescentando que “temos de mostrar nossa força desde já, com um calendário de lutas, e não esperar o dia 19”.
A reunião da SEN discutiu, ainda, a situação no país e os ataques que têm sido feitos pelos governos. Diante deste cenário, a SEN definiu apoio às lutas do funcionalismo nos Estados por direitos e contra o desmonte dos serviços públicos, bem como a continuidade da luta contra a Reforma Trabalhista, contra as privatizações, especialmente da Embraer e Eletrobrás, contra o aumento das tarifas de transporte e organizar desde já a mobilização para o 8 de Março, Dia Internacional de Luta das Mulheres.
A CSP-Conlutas orienta que todos os sindicatos, movimentos e entidades filiadas devem organizar, nos Estados e regiões, plenárias, seminários e reuniões para preparar a luta contra a Reforma da Previdência, com todas as organizações e ativistas que estejam dispostos a lutar. A orientação é que sejam realizadas assembleias e panfletagens junto aos trabalhadores, para preparar a mobilização contra a reforma a partir das bases.
A orientação é que sejam retomadas as manifestações e protestos nos aeroportos e nas bases dos deputados a partir do dia 5 de fevereiro, quando os parlamentares voltam a Brasília após o recesso e já pretendem, inclusive, ler o relatório da Reforma da Previdência, dando início à tramitação do texto para votação na Câmara. A CSP-Conlutas participará da reunião ampliada marcada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), nos dias 3 e 4 de fevereiro, em Brasília, que discutirá a luta contra os ataques do governo e a Reforma da Previdência. A próxima reunião da SEN será realizada no dia 6, também na capital federal.
Fonte: CSP-Conlutas com edição da ADUA
|