Data: 12/01/2017
A Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas) divulgou, nesta quinta-feira (11), diversas moções relativas às universidades brasileiras. Os temas dizem respeito à forma de apuração de denúncias da Polícia Federal (PF) nestas instituições de ensino; em defesa das universidades públicas e das liberdades democráticas, citando o caso ocorrido em dezembro de 2017, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e em repúdio à agressão sofrida por técnico-administrativos e estudantes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) no dia 16 de novembro do ano passado. As moções foram publicadas na página oficial da entidade, a qual a ADUA faz parte.
No primeiro caso, a CSP-Conlutas informa que os participantes da reunião da Coordenação Nacional da entidade, ocorrida de 8 a 10 de dezembro de 2017, em São Paulo, repudiam a forma espetacularizada e seletiva com que a PF tem realizando processos investigativos nas universidades federais como ocorrido na UFMG. “Não somos contra que as denúncias de fraudes e corrupção sejam apuradas, contudo exigimos que o processo respeite os aspectos legais e os procedimentos democráticos que a situação exige”, diz a moção.
Sobre o episódio ocorrido no dia 6 de dezembro do ano passado na UFMG, a CSP-Conlutas publicou moção em que afirma: “Repudiamos a entrada da tropa militar e da Polícia Federal na UFMG. Esta prática de invasão do espaço da universidade é própria da Ditadura civil, militar e empresarial, como também tem servido para criminalizar trabalhadores, estudantes e professores. A CSP-Conlutas se solidariza com a comunidade escolar da UFMG, pelo fim dos processos contra todos trabalhadores, estudantes e professores nas universidades públicas em defesa da universidade pública e das liberdades democráticas”.
A entidade também publicou uma moção de repúdio sobre em que a agressão praticada por cerca de 20 pessoas encapuzadas pertencentes ao Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) contra técnico-administrativos e estudantes da UERJ, militantes e simpatizantes do PSTU. O fato teria ocorrido no dia 16 de novembro do ano passado, após uma atividade do partido sobre o centenário da Revolução Russa, organizado pela universidade. Na moção, que pode ser lida aqui na íntegra, a CSP afirma repudia categoricamente as agressões.
Demissão nas particulares
Demissões em faculdades particulares brasileiras, após a aprovação da Reforma Trabalhista, têm ocorrido com frequência. Dentro deste tema, a CSP-Conlutas também divulgou uma moção de repúdio contra a decisão arbitrária e unilateral da direção da Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro de demitir 1,2 mil professores, para a recontratação em regime de trabalho mais precarizados de acordo com as novas regras da contrarreforma trabalhista. Ao mesmo tempo, a entidade se solidariza com os professores e professoras demitidos e se colocamos a disposição para prestar apoio à luta da categoria ao enfrentamento de mais este ataque a classe trabalhadora brasileira. Leia aqui a moção na íntegra.
Fotos: Larissa Ricci/EM/A.D Press e causaoperaria.org
Fonte: ADUA |