Após o Ministério da Educação (MEC) publicar no Diário Oficial da União (DOU) uma nova consulta pública sobre "Future-se", Antonio Gonçalves, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), criticou o novo texto do projeto. “O Future-se acaba com a isonomia no acesso aos recursos públicos e bolsas. Eles tentam por esse caminho pressionar as instituições a aderirem ao programa”.
A nova redação traz “benefícios” às instituições e institutos que aderirem ao programa, como recursos provenientes do Fundo de Investimento do Conhecimento, a possibilidade de aporte patrimonial ao próprio Fundo, acesso aos recursos orçamentários adicionais consignados ao Ministério da Educação e concessão preferencial de bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Para o ANDES-SN, o texto é inconstitucional e fere a autonomia universitária.
"Future-se"
Desde o seu lançamento, em julho de 2019, o programa do governo tem sido alvo de críticas, por sua natureza mercadológica. Na época, surgiram questionamentos quanto ao respeito à autonomia universitária e a falta de garantia de financiamento público do ensino superior. Ainda em 2019, o governo Bolsonaro contingenciou recursos das instituições federais de ensino para forçar à adesão ao programa. Mesmo assim, mais de 30 universidades federais no país, incluindo a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), rejeitaram o programa.
O ANDES-SN, assim como a Seção Sindical dos Docentes da Ufam, tem se posicionado contra o Future-se e realizado atos e campanhas contra o programa.
Fonte: ANDES-SN com edição da ADUA-SSind
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