Data: 25/09/2017
Conforme discussão e deliberação realizada na última reunião do Setor dos docentes das IFES (07/09 e 08/09) o ANDES-SN divulgou, nesta sexta-feira (22), uma moção de repúdio aos ataques policiais a comunidade universitária da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Segundo a Circular nº 312/17, os ataques foram protagonizados pela Polícia Federal com auxílio da Polícia Militar do estado de Santa Catarina, “sob a alegação de que estavam combatendo o tráfico de drogas”. Como resultado da operação houve uma dura repressão caracterizada pela atuação da Tropa de Choque da Polícia Militar, usando bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, “ferindo diversos estudantes, técnico-administrativos em educação e professores da UFSC”, afirma a circular.
Com o objetivo de dar visibilidade ao ocorrido, o ANDES-SN orienta que a moção de repúdio seja amplamente divulgada para todos os sindicalizados, bem como que seja encaminhada mensagem de solidariedade aos professores, estudantes e técnico-administrativos da UFSC, via Seção Sindical do ANDES-SN na UFSC.
Confira a Moção na íntegra:
MOÇÃO DE REPÚDIO
No dia 24 de março de 2014 houve uma operação policial no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), protagonizada pela Polícia Federal com auxílio da Polícia Militar do estado de Santa Catarina cujo objetivo alegado era o combate ao tráfico de drogas.
O resultado dessa operação foi uma dura repressão com a entrada da Tropa de Choque da Polícia Militar, usando bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, ferindo diversos estudantes, técnico-administrativos em educação e professores da UFSC.
Agora, o Ministério Público Federal move uma ação civil por improbidade administrativa contra os professores Paulo Rizzo, Wagner Damasceno, Paulo Pinheiro Machado, Sonia Maluf e o técnico-administrativo em Educação, Dilton Rufino. O Ministério Público Federal, em linhas gerais, acusa estes servidores de terem incitado os estudantes e bloqueado a ação policial. Na verdade, o que houve foi uma atuação firme, dos acusados, na defesa da autonomia universitária e visando garantir a integridade física dos membros da comunidade universitária.
Nesta ação civil movida pelo Ministério Público Federal pede-se a perda da função pública desses cinco servidores, o pagamento de uma multa civil no valor de 10 vezes a remuneração de cada um desses servidores, a proibição de contratarem ou receberem benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, do Estado por 5 anos, o pagamento de R$ 45.380,11 de danos patrimoniais, e exige a perda dos direitos políticos destes servidores por 8 anos!
Trata-se de um processo político que visa punir esses trabalhadores e todos aqueles que ousam lutar pela autonomia universitária, contra as injustiças sociais e em defesa da democracia.
Diante desse fato, o(a)s professore(a)s reunido(a)s no Setor das Federais do ANDES–SN, em Brasília de 7 a 8 de setembro de 2017, repudiam veementemente a iniciativa do Ministério Público Federal e exigem o arquivamento desse processo que tem por objetivo criminalizar aqueles que lutam em defesa da DEMOCRACIA, EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUITA, LAICA, DEMOCRÁTICA E DE QUALIDADE PARA TODOS e exigem uma manifestação firme do Reitor da UFSC na defesa da autonomia universitária e pelo arquivo desta ação penal, tendo em vista que a sindicância interna sobre os fatos concluiu que os servidores não cometeram ilícitos, o que já foi confirmado por processo administrativo e por ação criminal na qual eles foram inocentados.
Com informações do ANDES-SN.
Fonte: ADUA
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