Data: 12/09/2017
A próxima quinta-feira (14) é o Dia Nacional de Lutas convocado pelos metalúrgicos de todo o país. Sob o lema “Contra as reformas, por nenhum direito a menos”, trabalhadores metalúrgicos programam um dia de mobilizações em todo o país contra os ataques do governo Temer e dos patrões.
A proposta é realizar um forte dia de lutas nas fábricas e nas ruas para demonstrar ao governo e aos empresários que os trabalhadores não vão aceitar os ataques aos direitos que estão sendo preparados após a aprovação da lei da terceirização irrestrita e da Reforma Trabalhista.
O “Movimento Brasil Metalúrgico” é uma iniciativa dos principais sindicatos metalúrgicos, que são ligados à CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical, Intersindical, CTB e UGT, que definiram uma unidade de ação a partir das campanhas salariais deste ano para impedir a redução de direitos.
Ao todo, serão cerca de 2 milhões de metalúrgicos mobilizados em todo o país, incluindo trabalhadores de bases como São José dos Campos, São Paulo, ABC, Guarulhos, Santo André, Santos, Sorocaba, Jaguariúna, Osasco, Campinas, Limeira, São João Del Rei, Itajubá/Paraisópolis, Carlos Barbosa, Itatiba e Betim.
Outras categorias
A mobilização ganhou a adesão de outras categorias, como servidores públicos federais, petroleiros e bancários, que também aprovaram a realização de mobilizações neste dia.O Fonasefe (Fórum de Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) aprovou a realização do dia de luta em defesa dos serviços públicos e em oposição às reformas. Docentes, estudantes e técnico-administrativos na educação federal programam atos em diversos estados.
Barrar na luta ataques aos direitos
Para o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates (Mancha), o dia 14 tem tudo para ser um importante dia de mobilização para fortalecer a resistência contra as reformas.
“Os trabalhadores realizaram somente este ano a maior greve geral da história recente do país e uma série de outras mobilizações. Há forte disposição de luta e a mobilização da nossa classe pode barrar as reformas. O dia 14 pode e deve se transformar numa luta de toda a classe trabalhadora que está vendo seus direitos e condições de vida sob ataques dos governos e dos patrões”, disse Mancha.
“Temer aprovou a lei da terceirização e Reforma Trabalhista, mas a um custo alto. A cada dia aumenta a indignação da população e há um maior dilaceramento da base parlamentar, após a descarada compra de votos no Congresso e a combalida situação fiscal do país. Apesar da sobrevida que Temer conseguiu, existe um distanciamento cada vez maior do governo e do Congresso com os anseios da população e das ruas”, avalia Mancha.
“Com unidade e mobilização podemos impedir a implementação da Reforma Trabalhista, a lei da terceirização e também barrar a Reforma da Previdência. A CSP-Conlutas defende que segue sendo fundamental construir uma nova Greve Geral para derrotar as reformas e botar para fora esse governo e Congresso de corruptos”, disse.
Ainda como parte do calendário definido pelos sindicatos e federações metalúrgicas, e também assumido por outras categorias, no dia 29 de setembro acontecerá uma Plenária Nacional dos Trabalhadores do Setor da Indústria, mas aberta a outras categorias, para discutir e organizar os próximos passos da luta contra os ataques do governo Temer.
Fonte: CSP-Conlutas |