Data: 18/08/2017
O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) aprovou uma série de moções contra o desmonte do serviço público promovido pelos governos federal e estadual, precarizando ainda mais a situação dos trabalhadores e dos usuários desses serviços. A decisão por aprovar esses textos de repúdio foi tomada durante encontro realizado nos dias 4 a 6 de agosto deste ano.
Um dos textos é a “Moção de repúdio contra o desmonte do Ministério do Trabalho”, por meio da qual o Fonasefe denuncia o aprofundamento do processo de sucateamento dos serviços públicos e de enfraquecimento das funções de Estado, com imposição de limites ao orçamento das principais pastas, enquanto jorra recursos para “o pagamento de juros e rolagem da dívida pública aos banqueiros e investidores”. Há a ameaça de fechamento de mais de 300 postos do Ministério do Trabalho em todo o país.
O Fonasefe também marcou posição com a “Moção de repúdio contra o desmonte da saúde e da educação públicas no Rio de Janeiro, promovido pelos governos de Pezão e Crivella”, que levaram o Estado a uma situação calamitosa, com atraso de mais de três meses de salário dos servidores fluminenses, paralisação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) sem condições de funcionamento e ameaça de fechamento de unidades de saúde.
As entidades também repudiam ainda a Consulta Pública para revisão Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), que, embora tenha se apresentado como um aperfeiçoamento da baixa complexidade, apresenta pontos que podem “significar retrocesso na saúde e fragilizar os princípios do SUS, sobretudo o da integralidade do cuidado em saúde”.
O Fonasefe aprovou ainda “Moção de repúdio às perseguições e demissões a trabalhadores das universidades federais”, “Moção de Solidariedade aos Milhões de Quilombolas”, “Moção de apoio à manutenção do projeto original da Universidade Federal de Integração Latino-Americana (Unila)” e uma “Moção do Sinal/BC/Belém”, em que repudia a “ausência de atitude da diretoria do Banco Central do Brasil que não tem adotado medidas efetivas para evitar o esvaziamento da representação do Banco Central do Brasil em Belém, Pará, que sofre com a diminuição de suas atividades e redução do número de servidores em exercício, causando imensos prejuízos à população e à economia da região norte do país”.
Fonte: ADUA |