Data: 07/08/2017
As realizações de um Dia Nacional de Paralisação e de um Dia Nacional de Luta foram algumas das definições da Reunião Ampliada do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) para o segundo semestre deste ano, caso o governo federal leve adiante a votação da contrarreforma da Previdência. Realizada de 4 a 6 de agosto, em Brasília (DF), o evento contou com a análise da atual conjuntura, discussões sobre as medidas de ataques aos direitos sociais e trabalhistas e debates sobre as temáticas e criação de estratégias de enfrentamento para o próximo período.
Conforme o calendário de ações de mobilizações e lutas, o dia nacional de paralisação e greve por 24 horas será realizado em setembro, em conjunto com demais categorias de trabalhadores. Já o Dia Nacional de Luta, irá ocorrer em Brasília (DF). Além disso, foi deliberada a organização, nos dias 11 e 16 de agosto, do Dia Nacional em Defesa da Educação Pública e um Dia Nacional de Luta contra a Terceirização e extinção de zonas eleitorais; em Defesa da Saúde e da Previdência Pública e contra o desmonte do Serviço Público, respectivamente.
Para intensificar a organização da luta, os servidores decidiram, também, por fortalecer os fóruns de servidores públicos nos Estados, convocar assembleias por categorias e reuniões ampliadas entre os servidores públicos das três esferas, assim como construir dias de lutas nos Estados pelas revogações da Emenda Constitucional 95 (ex-PEC 55), das leis Trabalhista (Lei 13.467/2017) e da Terceirização (Lei 13.429/2017), para barrar a contrarreforma da Previdência e o Programa de Desligamento Voluntário (PDV) e, ainda, pelo arquivamento do Projeto de Lei (PL) 248/98 e do Projeto de Lei do Senado (PLS) 116/17, projetos que põem fim a estabilidade do servidor público
Também foram aprovadas moções de apoio às diversas lutas sociais e em repúdio aos ataques que vem sendo proferidos aos trabalhadores. Entre elas, a moção de apoio à comunidade acadêmica da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e em repúdio ao deputado federal Sérgio Souza (PMDB-PR), autor da proposta de extinção da universidade.
“A reunião ampliada do Fonasefe foi importante, porque demonstrou o consenso que temos de que essa luta não pode ser apenas dos servidores públicos federais. Por isso, a necessidade de articular nos Estados, fóruns estaduais dos servidores públicos, envolvendo os municipais, estaduais e federais e, também, os movimentos sociais e categorias em luta nesse período. A reunião apontou, ainda, a necessidade de construir uma greve do funcionalismo público, das três esferas, em articulação com as categorias que irão entrar em Campanha Salarial. Ao mesmo tempo vamos pressionar as centrais sindicais para convocar uma nova Greve Geral”, disse a presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), Eblin Farage.
O Fonasefe é composto por 22 entidades nacionais dos servidores públicos federais.
Fonte: ANDES |