Data: 17/07/2017
Contrária ao princípio de universidade gratuita, a cobrança de cursos de pós-graduação latu sensu está no plano de luta das instituições federais, estaduais e municipais de ensino (Ifes, Iees e Imes), que lutarão contra essa prática. Atualizada no 62º Conselho do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Conad), a nova agenda traz, ainda, a articulação de uma Frente Nacional em Defesa dos Sistemas de Ensino Superior Públicos Estaduais e do Dia Nacional de Lutas em Defesa da Educação Pública e Gratuita.
As Iees e Imes firmaram posição para a exigir que os conselhos universitários e reitorias não autorizem a cobrança de cursos de pós-graduação latu sensu. Além disso, as instituições decidiram pela instituição da data 11 de agosto como o Dia Nacional de Lutas em Defesa da Educação Pública e Gratuita, em conjunto com entidades do movimento estudantil, sindical e popular. Outra decisão da categoria foi a articulação, por meio das seções sindicais, de uma Frente Nacional em Defesa dos Sistemas de Ensino Superior Públicos Estaduais.
Durante o evento, houve a definição de que o 15º Encontro Nacional do Setor, entre 7 e 9 de setembro, será sediado pela Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Aduern) sediará, em Mossoró (RN).
Federais
Assim como as estaduais e municipais, as Ifes irão lutar contra a cobrança de cursos de pós-graduação e a continuação do desenvolvendo de ações políticas, administrativas e judiciais para garantia de progressões e promoções. Outra definição, durante o Conselho, foi a aprovação de que a pauta central do setor, no segundo semestre, será a defesa da Previdência Pública e a luta pela manutenção e ampliação da preferência pelo regime de dedicação exclusiva, como forma de defesa do caráter público da educação e da carreira docente.
A unidade dos servidores públicos federais, estaduais e municipais, e outras entidades e movimentos sociais foi pautada, na perspectiva de ampliar a campanha em defesa da Previdência Pública, em combate à essa contrarreforma e pela revogação da contrarreforma Trabalhista e da Lei das Terceirizações, por meio da construção de uma nova Greve Geral.
Outras deliberações foram a organização de uma nova reunião da Coordenação Nacional das Entidades de Servidores Federais (CNESF) para dar continuidade à rearticulação política e organizativa da entidade e a criação ou fortalecimento, pelas seções sindicais, de Fóruns Estaduais de Servidores Públicos Federais. As instituições também aprovaram o reforço da luta contra o corte de bolsas de estudantes estrangeiros e outros projetos que atacam o caráter de integração e internacionalismo da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).
Fonte: ANDES-SN |