Data: 03/07/2017
Os protestos deste 30 de junho tiveram caráter nacional, mobilizando milhares de trabalhadores em todo o País. Foi um dia inteiro de ações em repúdio às reformas trabalhista e previdenciária. Mais uma vez, as Centrais Sindicais, as entidades de classe e os movimentos sociais e populares mostraram unidade e força, contra agressões aos direitos trabalhistas e sindicais.
“O saldo da jornada é positivo e amplia a resistência às reformas. Onde houve chamamento pelas direções, as bases responderam”, avalia Adílson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).
A CTB apurou fortes paralisações no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e em Salvador. “Brasília também amanheceu parada, porque o transporte aderiu”, informa o dirigente, que ainda contabiliza protestos em agências e centros bancários de São Paulo e outras cidades grandes.
O Sindicato dos Metalúrgicos fez atos em quatro fábricas, com cerca de 1,2 mil trabalhadores. O diretor Pedro Pereira da Silva (Zoião) comenta: “Nas empresas onde falei, o pessoal mostrou muita inconformidade com as reformas trabalhista e da Previdência. Também se percebe que o trabalhador está mais atento quanto às denúncias de corrupção no governo e no Congresso. A indignação é crescente”.
Em contato com a Agência Sindical, José Maria Rangel, coordenador geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros), explicou que houve atos e paralisações em todo o complexo Petrobras, incluindo terminais, termoelétricas e plataformas. As refinarias pararam a produção, por tempo indeterminado.
 Santos registrou forte paralisação, com fechamento de acessos ao complexo portuário. No Rio de Janeiro e Santa Catarina, prevaleceu o mesmo padrão de protesto.
SRT - Força, UGT, Nova Central, CSB, CSP-Conlutas, movimentos populares e de estudantes protestaram ao meio-dia em frente ao Ministério do Trabalho, em São Paulo. Também houve ato chamado pela UGT-SP na Praça Ramos, Centro da Capital. Houve greve dos Correios, Metalúrgicos, Químicos transporte público. Cidades como Campinas e Limeira também tiveram forte adesão às manifestações.
Em Manaus, centenas de manifestantes se concentraram, pela manhã, na Praça da Saudade, um dos pontos turísticos da cidade, antes de percorrer as principais ruas do Centro, por onde ampliaram o tom da manifestação contra os projetos e as medidas impostas pelo governo Temer. À tarde, a manifestação, realizada na Praça do Congresso, contou com intervenção cultural.
* Com edição da ADUA
Imagens: Patrick Marques/G1AM e Eraldo Lopes/D24AM
Fonte: Agência Sindical |
