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  05/12/2019


Caso Paraisópolis: Unicef pede urgência nas investigações



 

 

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) solicitou, na terça-feira (03), urgência para "apurar as circunstâncias e a responsabilidade pelas mortes" dos jovens ocorridas em um baile funk, na comunidade de Paraisópolis (SP). Além da entidade, a Central Sincial e Popular (CSP-Conlutas) também se manifestou. Os moradores relatam “truculência” e “emboscada” por parte da Polícia Militar (PM).


A nota da Unicef afirma que é necessário tratar o episódio com “prioridade absoluta” e cita o direito que é garantido pela Convenção sobre os Direitos da Criança, a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente. "Uma vida sem medo, sem racismo, sem violência é direito de cada criança, adolescente e jovem, independente do local onde mora”.

 

Leia a nota na íntegra


Diante da morte brutal de nove adolescentes e jovens na favela de Paraisópolis, em São Paulo, é necessário reafirmar: nenhuma vida vale menos. É portanto urgente apurar as circunstâncias e a responsabilidade pelas mortes, cumprindo no Sistema de Justiça a prioridade absoluta a crianças e adolescentes garantida pela Convenção sobre os Direitos da Criança, a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente.


Bruno, Dennys Guilherme, Denys Henrique, Eduardo, Gustavo, Gabriel, Luara, Marcos Paulo e Mateus morreram durante um baile funk, após uma ação policial. Nove histórias interrompidas, nove famílias em dor profunda, centenas de jovens com medo. Para cada família, amigo e morador de Paraisópolis, expressamos nossa total solidariedade.


Uma vida sem medo, sem racismo, sem violência é direito de cada criança, adolescente e jovem, independente do local onde more. Uma cidade que vem reduzindo os homicídios entre a sua população não pode aceitar a morte violenta de seus meninos e meninas. É urgente prevenir novas mortes.

 

CSP-Conlutas


A Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), além de se pronunciar sobre o fatídico episódio, fez a inclusão da pauta nos protestos que ocorrerão pelo país nesta quinta-feira (05) contra a Medida Provisória 905 (Reforma Trabalhista) e o programa “Mais Brasil”, do governo Bolsonaro.  


“Diante da chacina de Paraisópolis e contra os ataques aos direitos e as liberdades democráticas, a orientação é de que em todos os estados e regiões, seja intensificada a preparação de nossas paralisações, manifestações e protestos. Nada justifica essa violência criminosa, nove jovens foram mortos, após uma ação descontrolada e repugnante da Polícia Militar. É preciso se levantar contra esse genocídio. Para nós, da CSP-Conlutas, mais do que nunca é preciso lutar, em todo o país, contra os ataques de Bolsonaro, em defesa da vida, e em repúdio ao assassinato desses jovens na periferia de São Paulo. Todos juntos, vamos às ruas no dia 5”, declarou o membro da Secretaria Executiva Nacional (SEN) da CSP-Conlutas, Atnagoras Lopes.

 

Foto: Daniel Arroyo

Fonte: Unicef e CSP-Conlutas com edição da ADUA-SSind



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