Quatro brigadistas de Alter do Chão (PA), conhecidos como “Guardiões da Floresta, foram presos sob a acusação de “atear fogo na mata para arrecadar doações”. Na quinta-feira (28), o juiz titular da vara criminal de Santarém, Alexandre Rizzi, que, um dia antes havia negado a liberdade dos acusados durante a audiência de custódia, aprovou a soltura do grupo por falta de evidências que comprovassem a acusação.
Uma investigação federal sobre as queimadas, com apuração feita pelo Ministério Público Federal (MPF) em Santarém, aponta como prováveis responsáveis pelos incêndios, os grileiros, a ocupação desordenada da região e a especulação imobiliária.
Presos pela operação “Fogo do Sairé”, da Polícia Civil do Pará, Daniel Gutierrez Govino, João Victor Pereira Romano, Gustavo de Almeida Fernandes e Marcelo Aron Cwerner integram a Brigada de Incêndio de Alter do Chão, uma Organização Não Governamental (ONG), que atua no combate às queimadas na área de proteção ambiental da região. Segundo a polícia, a prisão em caráter preventivo ocorreu por suspeitas de que os brigadistas tenham ateado fogo em parte da vegetação da área de proteção, em setembro.
“Esse é mais um descalabro dos governos que tem interesse em comercializar, em entregar a Amazônia pró capital especulativo. Mentem, inventam provas e matam se precisarem. No Acre, nós conhecemos muito bem esse tipo de atuação por parte de grileiros, madeireiros e fazendeiros que querem explorar a floresta”, afirmou um dos seringueiros da reserva extrativista, Osmarino Amâncio.
Fonte: CSP-Conlutas com edição da ADUA-SSind
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