Data: 18/04/2017
Em análise de conjuntura com foco central nas contrarreformas que estão sendo propostas pelo governo Temer, realizada durante Assembleia Geral nesta terça (18), professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) reforçaram a necessidade da categoria se inserir no chamamento público das centrais, sindicatos e movimentos populares para a greve geral no dia 28 deste mês. Para o dia de paralisação das atividades, os docentes contam com a parceria dos técnico-administrativos em Educação e dos estudantes da instituição.
A adesão da comunidade acadêmica ao dia de paralisação marcado para o fim do mês de abril, em todo o país, é uma resposta não só dos trabalhadores e estudantes, mas de toda a sociedade brasileira aos ataques promovidos pelo governo Temer, com apoio do Legislativo e Judiciário, ao impor a retirada de direitos duramente conquistados e consagrados na Constituição Federal de 1988.
Durante a AG, a categoria docente aprovou por unanimidade a greve geral e junto com a ‘Frente de Lutas Fora Temer de Manaus’ construirá as atividades do dia 28, às 15h, na Praça do Congresso, no Centro de Manaus
Análises
Em fala acalorada o professor do curso de Ciências Sociais da Ufam, Marcelo Seráfico chamou a atenção dos presentes para o cenário de desigualdades e falta de esperança enfrentado pelo trabalhador na atualidade, comparando o mesmo aos idos de 1887, período da pré-escravidão.
“Há dois grupos, hoje, os que lutam por melhorias trabalhistas já garantidas pela Constituição Federal e os que estão vendendo sua mão de obra e ingressando no mercado de trabalho agora sem perspectiva de terem seus direitos garantidos. Os sindicatos que têm o papel de defender os direitos trabalhistas passam por um processo sistemático de desmoralização inclusive pela imprensa”, afirmou.
Reforçando a necessidade de fazer um chamamento público contra os desmandos e perdas de direitos promovidos pelo governo, o também professor do curso de Ciências Sociais, Antônio Oliveira (Neto) convocou a comunidade acadêmica a promover uma “agitação popular” através da intensificação de políticas de mobilização nas unidades acadêmicas.
“Observamos um ataque intenso à classe trabalhadora no mundo e há uma reação intensa desta classe em nível mundial. O Dia Nacional de Greves, Paralisações e Mobilizações contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016 realizado no dia 15 de março provou na prática que há insatisfação. Vinte e oito de abril é Dia de Greve Geral. Nós temos que parar a Ufam”, afirmou.
Preparação
A construção da greve geral do dia 28 será dia 20 de abril, às 9h, no auditório da seção sindical (Estrada do ICHL, no Campus Universitário)
Fonte: ADUA |