A diretoria do ANDES-SN solicitou aos ministros Paulo Bernardo Silva (do Planejamento, Orçamento e Gestão) e Erenice Alves Guerra (da Casa Civil) que o governo não altere o projeto de carreira dos professores das universidades federais sem antes estabelecer um processo efetivo de negociação com o Sindicato Nacional e sem respeitar os princípios amadurecidos pelo debate que vem sendo travado há décadas pelo movimento docente.
Nos documentos encaminhados aos representantes do governo, na quinta-feira (1/7), a diretoria do ANDES-SN destaca, como princípios defendidos pelo Sindicato Nacional, a valorização do trabalho docente, que deve ser estruturado a partir da indissociabilidade ente ensino, pesquisa e extensão; a valorização da Dedicação Exclusiva, entendida como o regime de trabalho preferencial dos docentes; e a Isonomia Salarial, em valor integral correspondente a cada posição na carreira, o que implica na incorporação das gratificações.
Ressalta, também, a paridade e integralidade na aposentadoria; a garantia de transposição dos docentes aposentados, com enquadramento na “nova carreira” que corresponda à posição relativa na carreira no momento em que se deu a aposentadoria; e o desenvolvimento na carreira dissociada de avaliação produtivista.
Assinado pela presidente do ANDES-SN, Marina Barbosa Pinto, o documento esclarece ainda que todos esses princípios foram reafirmados pela plenária do 55º CONAD, o Conselho Nacional do Sindicato, reunido de 24 a 27/6, em Fortaleza (CE).
Deixa claro também que, conforme o entendimento dos docentes, “reveste-se da maior gravidade a ameaça de que sejam tomadas iniciativas unilaterais do governo a respeito deste tema tão intimamente associado à qualidade da Universidade Pública e sobre o qual o movimento docente tanto tem se debruçado”.
Fonte: Andes-SN
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