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  02/10/2025


Mesa de Diálogo debate combate ao racismo institucional e implementação de disciplinas sobre culturas afro-brasileira e indígena no ensino superior



 

No dia 30 de setembro, quinta-feira, foi realizada uma mesa de diálogo com o tema “Combate ao Racismo Institucional por meio da Inserção da Disciplina História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena no Ensino Superior Amazonense”, transmitida pelo canal da ADUA no YouTube.

 

O debate contou com a mediação da professora Iolete Ribeiro, docente da Faculdade de Psicologia da Ufam e integrante do Grupo de Trabalho de Políticas de Classe para as Questões Étnico-Raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) da ADUA. Participaram ainda: Flávia Melo, pró-reitora de Extensão da Ufam; Crizolda Araújo, representante do Sindicato dos Trabalhadores de Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam/FASUBRA); Débora Crioula, do Fórum da Juventude Negra do Amazonas; e Michelle Andrews, integrante do Comitê Impulsionador da Marcha das Mulheres Negras no Amazonas.

 

A mesa integra mobilização para a 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, que ocorrerá em 25 de novembro, em Brasília, dez anos após a primeira edição. Em 2015, a marcha reuniu milhares de mulheres negras contra o racismo, a violência e em defesa do bem viver. 

 

A atividade dialogou sobre estratégias de implementação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que determinam a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena nos currículos da educação básica. O debate destacou também a importância de garantir a efetiva aplicação dessas legislações no ensino superior, articulando-as às políticas afirmativas e de assistência estudantil voltadas para estudantes negros, negras, indígenas e periféricos.

 

As falas ressaltaram que o combate ao racismo institucional exige não apenas a inclusão de disciplinas específicas, mas o compromisso de tornar a universidade um espaço efetivamente antirracista. Foram abordados temas como a valorização do patrimônio cultural negro, a preservação das culturas indígenas e a promoção da educação inclusiva.

 

A professora Iolete Ribeiro destacou que a Marcha Nacional das Mulheres Negras é uma das maiores expressões de enfrentamento ao racismo no Brasil. Para ela, “a participação na marcha é uma forma de fortalecer o compromisso do sindicato com a luta antirracista e com a valorização das vozes das mulheres negras na construção de uma educação pública, gratuita, laica e socialmente referenciada. Essa é uma primeira conversa e que possamos, em outros momentos, continuar e pensar juntas sobre esse tema tão importante.”

 

A pró-reitora de Extensão da Ufam, Flávia Melo, reforçou a importância de institucionalizar o debate: “Que possamos construir uma agenda colaborativa dentro da universidade para fortalecer o movimento das mulheres negras.” Flávia acrescentou que esse é um trabalho persistente e cotidiano, que exige engajamento coletivo. Segundo ela, é necessário que a universidade dê sinais institucionais claros de compromisso com processos que diminuam os constrangimentos e as discriminações.

 

A representante da Fasubra, Crizolda Araújo, ressaltou “a importância do trabalho conjunto entre docentes, discentes e TAEs no enfrentamento ao racismo".

 

A estudante de Ciências Sociais da Ufam e integrante do Fórum da Juventude Negra do Amazonas, Débora Crioula, destacou o papel da juventude e da educação no combate ao racismo institucional: “Conhecer a nossa própria história é um mecanismo de afirmação identitária e de resistência.” Ela ressaltou que o enfrentamento vai além do simbólico, exigindo mudanças curriculares e institucionais para combater desigualdades históricas e a omissão da universidade em relação às culturas afro-brasileira e indígena.

 

Estudante e produtora cultura, Michelle Andrews defendeu a urgência da pauta dentro da universidade: “Queremos uma Ufam antirracista. A educação é central para essa transformação.” Ela ressaltou a necessidade de ações concretas, como a inserção da disciplina de História e Cultura Afro-Brasileira no ensino superior amazonense e a realização de campanhas e mesas de diálogo na Ufam.

 

As participantes destacaram que a luta das mulheres negras é coletiva e contínua, envolvendo o direito à educação, saúde, moradia, bem-estar e oportunidades. O Comitê Impulsionador da Marcha no Amazonas reforçou a necessidade de ações locais, como mesas de diálogo, campanhas dentro da Ufam e mobilizações conjuntas para pressionar pela implementação das leis e pela inclusão da disciplina sobre história e cultura afro-brasileira e indígena no ensino superior.

 

Além disso, foi feito um chamado para o apoio à participação de mulheres do Amazonas na marcha em Brasília, incluindo a divulgação de uma vaquinha virtual para auxiliar no custeio do deslocamento.

 

Michelle também reforçou a importância das mobilizações locais durante a Marcha: “Vai ter a marcha em Brasília, mas também é importante que, nas localidades, a gente demarque nossas janelas, bandeiras e cartazes, e realize encontros. Enquanto elas estarão em Brasília, nós estaremos aqui, na borda do Brasil, aquecendo a pauta. O Comitê Impulsionador da Marcha traz esse tema porque acredita que, a partir da educação e da valorização das legislações já existentes, podemos avançar cada vez mais.”

 

No 67º Conselho do ANDES-SN (Conad), em 2024, foi aprovada participação da categoria docente na Marcha, e, desde então, a diretoria do ANDES-SN, por meio do GTPCEGDS, tem participado das reuniões do Fórum Nacional de Mulheres Negras e também do Comitê Impulsionador da Marcha, contribuindo com os encaminhamentos da organização. 

 

 

Fonte: ADUA



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