Data: 16/01/2017
A manifestação irreverente ocorreu durante a tradicional festa popular Lavagem do Bonfim, que acontece todos os anos na Bahia
Centenas de manifestantes se reuniram, na última quinta-feira (12), no Bloco “Quem tem fé vai à luta” durante a tradicional festa popular Lavagem do Bonfim, que ocorre anualmente na cidade de Salvador, capital da Bahia. Organizado pelo Espaço Unidade de Ação, do qual fazem parte a CSP-Conlutas e o ANDES-SN, o bloco agregou setores da juventude, seções sindicais do Sindicato Nacional e organizações políticas que denunciaram a sociedade, de forma irreverente, o projeto da Contrarreforma na Previdência e a ofensiva do governo de Michel Temer contra os direitos dos trabalhadores, através do tema “Com fé no Senhor do Bonfim, a aposentadoria fica, Temer sai!”.
Caso a Contrarreforma da Previdência seja aprovada no Congresso Nacional, o brasileiro terá que contribuir 49 anos para a Previdência para receber aposentadoria integral, e a pensão por morte será reduzida pela metade. A idade mínima de aposentadoria, sem receber valor integral, será de 65 anos, para homens e mulheres, e 25 anos de contribuição.
Com camisas, faixas e muita alegria o bloco saiu pelas ruas da capital soteropolitana e foi bem recebido pela população, que aderiu ao bloco no decorrer do percurso e entoou a palavra de ordem “Fora Temer” em diversos momentos. A Lavagem do Senhor do Bonfim teve início em meados do século XVIII e reúne sincretismo religioso entre o catolicismo e as religiões de matrizes africanas, também representando um espaço de resistência e de luta.
Carta Aberta ao Povo Baiano
No último dia 11, os docentes das quatro universidades estaduais baianas, por meio do Fórum das AD’s - que agrega as seções sindicais do ANDES-SN nas instituições -, divulgaram uma carta aberta à população da Bahia repudiando os profundos ataques aos direitos básicos dos trabalhadores e trabalhadoras e explicitando a pauta de reivindicações dos docentes para o ano de 2017.
“Para fazer caixa, o governo do estado [da Bahia] cortou arbitrariamente o adicional de insalubridade de 850 professores e professoras das universidades estaduais baianas. Em 2016, sequer concedeu reajuste parcelado aos salários dos servidores para recompor as perdas inflacionárias do período 2015-2016, que já chegam a 17,65% do IPCA. E agora ameaça aumentar a contribuição previdenciária dos servidores públicos, em mais uma ação de confisco de salarial”, diz um trecho da Carta.
Com informações e imagem de Aduneb-SSind.
Fonte: ANDES-SN |