Foto: Sue Anne Cursino/ Ascom ADUA

Apresentadas durante a mesa de Instalação, as diretoras da ADUA, professoras Valmiene Florindo e Francisca Maria Cavalcanti, integra ram a Comissão de Enfrentamento ao Assédio
Sue Anne Cursino
A programação da tarde do primeiro dia do 68º Conad teve início com a Plenária de Instalação, onde foram aprovados o regimento interno e o cronograma das atividades para os três dias do encontro.
A mesa foi composta por Cláudio Anselmo de Souza Mendonça, presidente do ANDES-SN; Fernanda Maria da Costa Vieira, secretária-geral; Sérgio Luiz Carmelo Barroso, 1º tesoureiro; e Francisco Jacob Paiva da Silva, 3º secretário.
Na sequência, os debates da plenária do Tema I – Atualização do Debate sobre Conjuntura e Movimento Docente abordaram, a partir de diferentes perspectivas políticas, a importância do tema do 68º Conad e a necessidade de refletir sobre estratégias de luta docente frente ao avanço do capital, que contribui para a crise climática.
Foram defendidas pautas como a demarcação dos territórios indígenas, o aumento dos investimentos públicos e a atuação do ANDES-SN em defesa da classe trabalhadora em diversas frentes. Também foi destacada a importância de tensionar o governo federal e de fortalecer o Sindicato para enfrentar dois grandes inimigos: o fascismo e o neoliberalismo.
Outro ponto defendido foi a presença ativa do ANDES-SN no Fórum Nacional de Educação, entendido como espaço estratégico para discutir, defender e construir o projeto de educação almejado pela categoria. Foi destacada a urgência na intensificação de ações em defesa de 10% do PIB para a Educação pública, contra o Novo Arcabouço Fiscal e as contrarreformas Administrativas
Fotos: Sue Anne Cursino/Ascom ADUA
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Soberania nacional e luta ambiental
A soberania nacional também entrou na pauta, com críticas ao anúncio de que os Estados Unidos passarão a taxar em 50% a exportação de produtos brasileiros, o que foi interpretado como um ataque desesperado de setores golpistas. “Em terra de Zé Carioca, Pato Donald não se mete”, afirmou um professor durante a plenária.
Também foi reforçado o posicionamento do ANDES-SN pela derrubada do PL da Devastação (Projeto de Lei 2159/2021), que altera regras do licenciamento ambiental.
As falas destacaram a retirada de direitos da classe trabalhadora no contexto da plataformização da vida e do avanço das big techs, ganhando destaque a defesa da participação do ANDES-SN na mobilização do Plebiscito Popular por um Brasil mais Justo. A ação é aberta para qualquer pessoa ser ouvida na consulta nacional sobre o fim da jornada de trabalho 6x1 e a taxação dos mais ricos.
Foi reafirmado que o Sindicato Nacional é construído não apenas pela diretoria e regionais, mas pela base, presente em todos os estados do país.
Também no debate sobre a conjuntura, Letícia Carolina Nascimento lembrou do assassinato do estudante Fernando Vilaça, de 17 anos, em Manaus, no dia 7 de julho, após ele se manifestar contra insultos homofóbicos. “Sua memória nos exige posicionamento e ação. Fernando Vilaça, presente!”.
Foto: Daisy Melo/Ascom ADUA

Em sua primeira participação em um Conselho do ANDES-SN, a professora Euricleia Gomes Coelho, que atua no IEAA, campus da Ufam em Humaitá, declarou que participar do evento foi essencial para compreender melhor a conjuntura que envolve a carreira enquanto docentes da educação superior. “Embora seja um evento intenso, com atividades pela manhã, tarde e noite durante os três dias, a gente percebe que as bandeiras levantadas são fundamentais. Avalio que é muito importante participar e aprender com as lutas dos sindicalizados e companheiros que participam desse movimento sindical. Eu represento o Campus de Humaitá e, além das pautas nacionais, trazemos questões específicas da Multicampia e Fronteira, que também é uma bandeira de grande interesse para nós, além de outras demandas como carreira e salário”, afirmou.
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