Data: 21/11/2016
Professores de Instituições de Ensino Superior (IES) públicas aprovaram a deflagração de greve nacional nesta quinta-feira (24), data em que será instalado, em Brasília (DF), o Comando Nacional de Greve (CNG). Nesse dia, a ADUA convoca os docentes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), sindicalizados ou não, para nova rodada de Assembleia Geral (AG) para deliberar sobre a adesão ou não à deflagração da greve da categoria em Manaus.
A instância deliberativa dos docentes será instalada no dia 24, às 14h30, no hall do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), setor norte do Campus Universitário. Nesse mesmo local, na sexta passada (18), a categoria havia referendado a greve geral dos trabalhadores e não um movimento paredista específico da categoria. Mas, em reunião ocorrida neste fim de semana (19 e 20), com a presença de representantes de 41 seções sindicais do ANDES-SN, a maioria das entidades aprovou a greve setorial.
“A nossa categoria já havia deliberado, no dia 27 de outubro, pela adesão à greve geral dos trabalhadores brasileiros, convocados pelas centrais sindicais, com suspensão das atividades durante dois dias em novembro. O primeiro deles, no dia 11 de novembro, teve grande adesão da classe trabalhadora, dos estudantes e dos movimentos sociais. Agora, precisamos consultar a nossa base sobre esse resultado nacional, em que a maioria das seções sindicais decidiu pela deflagração da greve docente”, explicou a presidente da ADUA, professora Guilhermina Terra.
Balanço
A deliberação do conjunto das seções sindicais, dos Setores das Instituições Federais de Ensino (Ifes) e das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes), ocorreu em reunião realizada nesse final de semana (19 e 20). Essa é a primeira greve unificada dos dois setores representados pelo ANDES-SN, desde o movimento paredista contra a Reforma da Previdência em 2003. A greve, a ser deflagrada na quinta (24) é contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016 – que limita por 20 anos os gastos primários – e contra a Medida Provisória (MP) 746/2016 – que trata da reforma do Ensino Médio.
“Essa reunião conjunta dos setores é uma marca importante no sentido de construir uma greve unitária do ANDES-SN. Isso, em grande medida, pelo desafio enorme que a gente tem de enfrentar esse processo de desmonte do serviço público, que não é específico de nenhuma esfera, mas que atinge toda a nossa categoria, todo o ensino superior público. Foi essa compreensão que norteou a reunião dos Setores e fez com que a gente conseguisse avançar na construção de um movimento unitário nacionalmente”, explica Eblin Farage, presidente do ANDES-SN.
Eblin avalia como muito positivo o fato do Sindicato Nacional iniciar a greve já com 25 seções sindicais com as atividades paralisadas. “A nossa expectativa é que já nessa semana esse número passe de 30 seções sindicais, porque temos mais de 15 seções sindicais com o indicativo da greve já aprovado”, acrescenta.
Fonte: ADUA e ANDES-SN |