
Mesa de Instalação
A programação da tarde de sexta-feira (11 de julho) do 68º Conselho do ANDES-SN (Conad) teve início com a Plenária de Instalação. A mesa foi composta por Cláudio Anselmo de Souza Mendonça, presidente do ANDES-SN; Fernanda Maria da Costa Vieira, secretária-geral; Sérgio Luiz Carmelo Barroso, 1º tesoureiro; e Francisco Jacob Paiva da Silva, 3º secretário.
Após críticas à extensa carga horária dos eventos do Sindicato, como congressos e Conad, foram aprovados o regimento interno e o cronograma das atividades para os três dias do encontro. Na sequência, foi instalada a Comissão de Enfrentamento ao Assédio, que conta com a participação das professoras Valmiene Florindo e Francisca Maria Cavalcanti, diretoras da ADUA.

Comissão de Enfrentamento ao Assédio do 68 Conad do ANDES-SN
Canto de resistência
Antes do início dos debates sobre conjuntura, o grupo Sateré-Mawé Porating entoou cantos de resistência. Formado em 2016, o grupo reúne Yará Sateré-Mawé (voz), Iaro, Inara e Natan Sateré-Mawé (tambor, chocalho e violão), com o objetivo de manter viva a cultura Sateré. A apresentação incluiu as canções “Canto de boas-vindas” (Wuito Ahetor) e “Farinhada” (Watynum U’i).

Conjuntura e movimento docente
Na sequência, iniciaram-se os debates da plenária do Tema I – Atualização do Debate sobre Conjuntura e Movimento Docente. A discussão abordou, a partir de diferentes perspectivas políticas, a importância do tema do 68º Conad e a necessidade de refletir sobre estratégias de luta frente ao avanço do capital, que contribui para a crise climática.
Foram defendidas pautas como a demarcação dos territórios indígenas, o aumento dos investimentos públicos e a atuação do ANDES-SN em defesa da classe trabalhadora em diversas frentes. Também foi destacada a importância de tensionar o governo federal e de fortalecer o Sindicato para enfrentar dois grandes inimigos: o fascismo e o neoliberalismo.

Mesa do Tema I
Outro ponto defendido foi a presença ativa do ANDES-SN no Fórum Nacional de Educação, como espaço estratégico para discutir, defender e construir o projeto de educação almejado pela categoria.
O professor Antônio Carlos Júnior, da Sesduf-RR, chamou atenção para a importância de que os(as) docentes avaliem com cuidado os Textos de Resolução que tratam da multicampia e das fronteiras — temas relevantes também para a ADUA, com docentes que atuam na Ufam, uma instituição multicampi.
Soberania nacional e luta ambiental
A soberania nacional também entrou na pauta, com críticas ao anúncio de que os Estados Unidos passarão a taxar em 50% a exportação de produtos brasileiros, o que foi interpretado como um ataque desesperado de setores golpistas. “Em terra de Zé Carioca, Pato Donald não se mete”, afirmou um professor durante a plenária.
Também foi reforçado o posicionamento do ANDES-SN pela derrubada do PL da Devastação (Projeto de Lei 2159/2021), que altera regras do licenciamento ambiental no Brasil. As falas destacaram o contexto de grave retirada de direitos, da plataformização da vida, do avanço das big techs e das ameaças representadas por medidas como a escala 6x1.

Foi reafirmado que o ANDES-SN é construído não apenas pela diretoria e regionais, mas sobretudo pela base, presente em todos os estados do país. Destacou-se o caráter democrático do Sindicato e sua atuação nas lutas em defesa dos direitos e da vida.
Diante disso, foi apontada a urgência da unidade da categoria para enfrentar esses desafios e avançar na construção dos Planos de Lutas dos Setores e do Plano Geral de Lutas, que seguem em debate ao longo do 68º Conad neste sábado (12) e domingo (13).
Fotos: Sue Anne Cursino/ Ascom ADUA
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