Data: 04/11/2016
Categoria é contra uma série de medidas do Governo Federal. Sinte-Med também enviou ofício à UFTM sobre greve de servidores.
Professores da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em Uberaba, iniciaram a greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira (3). O indicativo para a greve já havia sido definido pela categoria durante uma assembleia na última semana pela Associação dos Docentes da Universidade Federal do Triângulo Mineiro - Seção Sindical do Andes (ADUFTM-SSIND).
Ao G1, a secretária-geral da associação, Valéria Roque, contou que a categoria é contra uma série de medidas que o Governo Federal tem proposto sem um debate com a comunidade, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que agora é PEC 55, em tramitação no Senado Federal; a Medida Provisória (MP) 746, que trata da Reforma do Ensino Médio; ajuste fiscal; dentre outros. A categoria também é contra o projeto que trata da Escola Sem Partido.
Durante a assembleia, foi instaurado o Comando Local de Greve, que vai assumir a responsabilidade de analisar conjuntura, mobilização e programar agendas durante a paralisação dos docentes. “Nossa pauta é tentar evitar a votação dessas emendas inconstitucionais. Vamos ver o que acontece e, enquanto isso, vamos ficar em mobilização”, ressaltou.
Valéria ainda informou que o advogado que representa a Associação dos Docentes enviou notificação para a UFTM.
A UFTM também já foi notificada sobre a greve de técnicos-administrativos da instituição. Em nota ao G1, a UFTM informou o recebimento de ofício encaminhado pelo Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior de Uberaba (Sinte-Med), no dia 31 de outubro de 2016, comunicando a adesão de greve de servidores a partir de 3 de novembro de 2016. A administração da instituição acompanha a deflagração da greve.
Ocupação UFTM
Na última semana, estudantes da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em Uberaba, deliberaram greve e ocuparam o Centro Educacional da instituição, no Bairro Abadia. Segundo nota publicada em uma rede social, a categoria estudantil é contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, projeto Escola sem Partido, mudanças na concepção do ensino médio brasileiro, dentre outros temas. A ocupação do Centro Educacional continua.
Fonte: G1 Triângulo Mineiro
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