Data: 26/10/16
Na tarde desta terça-feira (25), data em que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 foi aprovada em votação em segundo turno na Câmara dos Deputados, representantes de sindicatos, movimentos populares e estudantis realizaram mobilização na Bola do Produtor, na avenida Autaz Mirim, zona Leste de Manaus.
Com o mote “Nenhum direito a menos!”, o ato alertou os moradores da zona mais populosa de Manaus para os riscos que a PEC 241 e outras medidas conservadoras, como a reformulação do Ensino Médio, representam para a classe trabalhadora e estudantil.
Em seu pronunciamento, a presidente da ADUA, professora Guilhermina Terra, chamou atenção para os aspectos contraditórios da PEC 241. “As pessoas que defendem a proposta dizem que é necessário cortar gastos para reequilibrar as contas e, portanto, restaurar a confiança do mercado estrangeiro no Brasil. No entanto, como poderemos afirmar com segurança que o Brasil voltará a crescer, se essas medidas só atacam os gastos primários?”, questiona.
Guilhermina ressaltou a importância da luta contra medidas que agravam a precarização do trabalho docente. “Nós, professores, seremos obrigados a cumprir uma meta de qualidade na educação. Foram estabelecidos uma quantidade mínima de alunos a serem atendidos, tanto no ensino médio quanto no fundamental. No entanto, diante dos cortes promovidos pelo governo federal, será impossível atender a essa demanda”, ponderou a presidente.
“É fundamental dialogar com a classe trabalhadora e a periferia e, junto com a universidade, construir a agenda de greve geral. Trata-se da única estratégia capaz de barrar o ajuste fiscal”, avaliou Williams Vieira, coordenador geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
Depois de aprovada na Câmara, a PEC segue para análise no Senado, onde deverá ser votada em duas sessões. Caso 49 dos 81 senadores vote a favor da proposta, o texto entra em vigor sem a sanção do presidente da República.
AGENDA
A atividade integrou a agenda nacional de luta dos servidores públicos que definiu, durante a reunião do Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais, ocorrida no último dia 10, o dia 25 de outubro como o Dia Nacional de Lutas dos Servidores Públicos, data posteriormente antecipada para esta segunda-feira (24).
Devido ao feriado municipal desta segunda-feira, em comemoração ao aniversário de 347 anos da cidade de Manaus, o ato local do Dia Nacional de Lutas dos Servidores Públicos foi mantido para terça-feira (25).
A mobilização também contou com a participação de representantes do ANDES-SN, Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho da 11ª Região (SITRAAM), Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam), Sindicato dos Petroleiros do Estado do Amazonas (SINDPETRO), Assembleia Nacional dos Estudantes - Livre (ANEL), Central Sindical e Popular (CSP Conlutas), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), União da Juventude Comunista (UJC), Luta Educador, Liberdade e Luta, Resistência Camponesa e Movimento Luta Popular (MLP), entre outras entidades.
Fonte: ADUA |