Data: 20/10/2016
Os docentes em greve da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e da Universidade Estadual do Vale do Acaraú (Ueva) avaliarão, nos próximos dias, uma nova proposta do governo do estado. Caso haja acordo, os docentes encerrarão a maior greve de sua história – que está prestes a completar seis meses de paralisação. Os docentes da Uece avaliarão a proposta em assembleia na sexta (21), e os da Ueva na terça (25).
O governo cearense apresentou uma nova resposta às reivindicações dos docentes em greve no dia 11 de outubro. A proposta anterior, apresentada em 11 de agosto, havia sido rejeitada pelos docentes em suas assembleias gerais. Célio Coutinho, presidente do Sindicato dos Docentes da Uece (Sinduece – Seção Sindical do ANDES-SN), avalia que a proposta - assinada pelos secretários de Planejamento, de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, pelo chefe do gabinete do governador, e pelos reitores das três universidades estaduais – atende em parte às reivindicações que levaram os docentes a entrar em greve, e que traz avanços em relação à proposta anterior.
Entre os pontos em que houve avanço, Célio Coutinho cita o compromisso do governo estadual em convocar os 84 docentes concursados que esperam há meses por nomeação, o compromisso em terminar as obras e reformas nas universidades, o compromisso de desengavetar os processos de promoções e progressões que também estão há meses parados, além da destinação de R$6 milhões às universidades para que elas possam diminuir a diferença salarial entre os docentes efetivos e os substitutos.
No entanto, o governo do Ceará não avança em relação a outras reivindicações dos grevistas. Na proposta não há qualquer compromisso de realizar reajuste salarial, de reverter os cortes em verbas de custeio que têm levado dificuldades de funcionamento às universidades, nem o compromisso de realizar concursos públicos nos próximos anos para suprir a demanda de 500 professores nas três instituições.
“Na Uece completaremos, na sexta (21), 172 dias de greve. É a maior greve da história do movimento docente nas estaduais do Ceará, e isso não é nenhum motivo de comemoração. Pelo contrário, é necessário criticar esse governo autoritário que não cumpre a lei e está precarizando nossas instituições de ensino”, comenta Célio Coutinho, presidente do Sinduece-SSind.
Com informações de Sinduece-SSind, Sindiuva-SSind. Imagem de Sinduece-SSind.
Fonte: ANDES-SN |