Data: 20/09/2016
A última quinta-feira (15) foi marcada por diversos atos nos estados brasileiros no Dia Nacional de Lutas. Impulsionado pela CSP-Conlutas, Central sindical à qual o ANDES-SN é filiado, a data fez parte do encerramento da Jornada de Lutas que ocorreu de 12 a 14 de setembro em Brasília (DF) e teve como objetivo chamar a atenção da sociedade para os ataques aos serviços públicos e aos direitos dos trabalhadores.
No Rio de Janeiro, docentes, técnicos e estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) paralisaram as suas atividades no dia 15 e realizaram um ato na frente da Assembleia Legislativa do estado (Alerj) em defesa do funcionamento da instituição. A comunidade acadêmica cobrou o atendimento imediato das pautas específicas de cada categoria e o repasse mensal no valor de R$ 10 milhões - prometidos pelo governo estadual durante a greve -, até o fim deste ano, para manter o pleno funcionamento da universidade. Nas negociações, ficou estabelecido que haveria um repasse de R$ 13 milhões para a Uerj referente a julho, que foi efetuado.
Lia Rocha, presidente da Associação de Docentes da Uerj (Asduerj-Seção Sindical do ANDES-SN), explica que a manifestação é para cobrar do governo o repasse de verbas para a universidade e o cumprimento do acordo com trabalhadores e estudantes. “A Alerj assumiu um compromisso com a universidade e a sociedade, em termos de restabelecer as condições de funcionamento da Uerj, e não foi cumprido. Não podemos aceitar que a universidade fique sem financiamento, que não se pague os terceirizados, porque se continuar assim no próximo mês estaremos na mesma situação em que nos encontrávamos no ano passado, com pessoas trabalhando sem receber, em condições análogas ao trabalho escravo, estudantes sem bolsas, e técnicos e professores trabalhando sem um mínimo de dignidade”, disse.
Na Bahia, docentes das universidades estaduais(Uesb, Uneb, Uesc e Uefs) também aderiram ao Dia Nacional de Lutas e realizaram uma ação conjunta com o Dia de Luta em Defesa da Educação Pública e dos Direitos Trabalhistas, que marcará o início da intensificação das atividades de mobilização do movimento docente contra o governo do estado, que não tem oferecido respostas efetivas à pauta de reivindicações da categoria. Diversas mobilizações, entre atos públicos, debates, panfletagens e fixação de faixas e cartazes, foram realizadas no dia 15 nas cidades sedes das universidades baianas como Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Ilhéus, como também, em diversos campi no interior da Bahia.
Em várias outras cidades, os docentes também foram às ruas, junto com outras categorias, denunciar os ataques dos governos estaduais e federal aos direitos dos trabalhadores, como em Curitiba (PR), onde aconteceu uma aula pública na praça 19 de Dezembro, com a participação da Associação dos docentes da Universidade Federal do Paraná (Apufpr SSind), em conjunto com outras entidades. Em Belém (PA), ocorreu um ato público dos professores estaduais, em frente ao Tribunal de Justiça do estado pela manhã e a tarde um ato cultural na Universidade Federal do Pará. Em Natal (RN), várias categorias se uniram em manifestação nas ruas da cidade. Em Minas Gerais, metalúrgicos também realizaram assembleia com atraso de entrada em Pirapora, São João Del Rey, Itajubá e Paraisópolis.
Atos dias 22 e 29
Novos atos conjuntos contra a retirada de direitos estão previstos para os dias 22 e 29 de setembro. A CSP-Conlutas convoca todas as entidades filiadas à central a participarem nos atos desta quinta-feira, que estão sendo construídos em conjunto com as demais centrais sindicais, e o fortalecimento do dia 29, data da paralisação dos nacional dos metalúrgicos, como um dia nacional de paralisação contra a reforma da previdência. As manifestações visam a unificação da luta dos trabalhadores rumo à greve geral.
*Com informações e imagens da CSP-Conlutas e Seções Sindicais
Fonte: ANDES-SN
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