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Organizações da sociedade civil, coletivos, movimentos indígenas, sociais e sindicatos, dentre eles a ADUA, convocam todas as mulheres para as manifestações do 8 de março – Dia Internacional de Luta das Mulheres. No Amazonas, os atos estão programados para denunciar a violência, a desigualdade de gênero e a falta de políticas públicas voltadas à proteção das mulheres.
Em Parintins, a mobilização tem como mote “8 de março fechado! A gente faz o feriado”. Organizada por coletivos feministas e trabalhadoras do município, a programação inicia às 7h30, na Praça da Catedral, com a Articulação Parintins Cidadã. Em seguida, haverá uma caminhada com panfletagem pelas ruas da cidade até a Escola Estadual Tomaszinho Meirelles GM3, onde ocorrerá uma Feira sociocultural. “A violência contra as mulheres iniciou há mais de 3.000 anos. Machos humanos começaram a dominar a mãe terra, mulheres, indígenas, negros e tudo o que julgavam inferior. A partir do ano de 1.300 clamores mundiais em defesa das mulheres ecoam até os dias atuais”, afirma trecho do panfleto “8M fechado! A gente faz feriado!”.
Em Manaus está programada a mobilização "O medo não vai nos parar!", com concentração na Praça do Relógio, às 15h, seguida de uma caminhada até o Largo de São Sebastião, onde será realizada uma feira de economia solidária e apresentações culturais.
Na mesma data ocorrerá a III Marcha das Mulheres Indígenas de Manaus e Entorno, com tema "Nosso corpo, nosso território: somos as guardiãs do planeta pela cura da terra". A atividade é organizada pela Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (Copime), com concentração às 15h na Aldeia da Memória Indígena, na Praça Dom Pedro II.
O 8M é marcado por mobilizações internacionais das mulheres trabalhadoras contra a violência de gênero, o machismo e a exploração capitalista. No Brasil, a luta se intensifica diante do crescente número de feminicídios e da precarização das condições de vida das mulheres.
De acordo com dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em 2024 foram registrados 78.395 casos de estupro, dos quais 67.820 vítimas do sexo feminino. Houve também um aumento no número de feminicídios, totalizando 1.400 registros ao longo do último ano. Além disso, o serviço "Ligue 180" recebeu 132 mil denúncias.
Bandeiras de luta
Além da violência sexual, os registros incluem violência psicológica, física, moral e cárcere privado. As manifestações deste 8 de março também denunciam a falta de políticas públicas, a ausência de casas abrigo e a carência de delegacias da mulher com atendimento 24 horas.
Outro ponto central das manifestações é a superexploração do trabalho feminino. O fim da jornada exaustiva da escala 6x1 é uma das pautas do movimento, pois muitas mulheres enfrentam dupla ou tripla jornada, acumulando o trabalho formal com a responsabilidade pelo cuidado da casa, da família e dos filhos.
O mote “Criança não é mãe” também ecoa neste 8 de março. As manifestações defendem o direito ao aborto legal em casos de estupro, risco de vida para a gestante ou anencefalia fetal, além do direito de as mulheres decidirem sobre seus corpos sem perseguições ou criminalização.
Os atos do 8M reafirmam que uma vida sem violência é direito de todas as mulheres. Participe das mobilizações em sua cidade e fortaleça essa luta!
Mobilize-se!



ADUA com informações da CSP-Conlutas, Foreeia e Fórum Permanente das Mulheres de Manaus
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