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  14/01/2025


Seis indígenas Avá Guarani são baleados em ataques sucessivos de pistoleiros no PR



 

 

Pelo menos seis pessoas do povo Avá Guarani foram baleadas em um atentado praticado por pistoleiros ocorrido, no dia 31 de dezembro, na Terra Indígena (TI) Tekoha Guasu Guavirá, na região do Guaíra, no oeste do estado do Paraná.  Esse foi o quarto ataque em sete dias contra a TI, conforme o Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Em uma das ocasiões, um grupo de criminosos jogou bombas na comunidade e ateou fogo em casas e plantações. Em nota, o ANDES-SN denunciou a violência contra o povo indígena.

 

O Sindicato Nacional manifestou solidariedade ao povo Avá-Guarani, repudiou a atuação insuficiente do governo federal na proteção aos povos indígenas e cobrou medidas concretas, destacando que a situação é resultado de um processo contínuo de genocídio contra os povos originários e ressaltando a importância da demarcação das terras indígenas, como medida fundamental para garantir a segurança e os direitos dessas comunidades. 

 

“A superação estruturante dessa situação de violência e violações contra os Avá-Guarani e outros povos indígenas só será alcançada com a continuidade e finalização do procedimento administrativo de demarcação da Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá e das outras que ainda não foram demarcadas. Para tanto, é necessário que os poderes Executivo e Judiciário do Estado brasileiro façam sua parte, considerando que a decisão sobre a validade do Marco Temporal está parada no Supremo Tribunal Federal”, afirmou em nota o ANDES-SN.

 

Tiros e fogo

 

No ataque mais recente, no dia 3 de janeiro, quatro indígenas foram baleados. Entre as vítimas estão uma criança, atingida na perna, e um jovem, alvejado nas costas. Outros dois indígenas adultos também foram feridos. “Várias pessoas ficaram feridas, inclusive crianças, vítimas do tiroteio. Muitas delas buscaram socorro em hospitais, onde acabaram sendo mal atendidas. Aqueles que foram feridos por armas de fogo continuam com as balas nos corpos”, informou o Cimi.

 

Para denunciar e repudiar os crimes publicaram uma nota conjunta a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), a Articulação dos Povos Indígenas do Sul do Brasil (Arpin Sul), a Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste (Arpin Sudeste) e o Cimi.

 

“O governo do estado do Paraná, por meio de falas preconceituosas e ofensivas de seu governador, tem incitado e alimentando o ódio e a violência contra os Avá-Guarani. Os ataques são perpetrados por pistoleiros mascarados e armados, que formam verdadeiras milícias paramilitares a serviço dos interesses do agronegócio da região e que atuam com absoluta impunidade, ameaçando e anunciando morte aos Avá-Guarani em áudios que circulam em redes sociais. A comunidade indígena e a Polícia Federal já encontraram no local cápsulas de projéteis e balas não deflagradas, o que evidencia a intenção de matar”, diz trecho da nota conjunta.

 

Ataques sucessivos

 

Os Avá Guarani têm alertado as autoridades competentes, desde novembro, sobre o aumento da violência na região. Nesse período, os indígenas acionaram a Força Nacional de Segurança Pública, a Fundação Nacional do Povos Indígenas (Funai), o Ministério do Povos Indígenas (MPI) e o Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH), do Ministério de Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).

 

“Que mais a gente precisa fazer? Quanto mais vidas precisam para realmente vocês acreditarem em nós, enquanto o nosso parente mais uma vez está sendo baleado, mais uma vez está levando chumbo no corpo?”, questionou uma liderança indígena em entrevista ao Cimi.

 

A violência enfrentada pelos Avá Guarani ocorre após os indígenas iniciarem um processo de retomada na região e, principalmente, pela lentidão no processo de demarcação de terras no país que está paralisado, desde julho de 2023, por determinação judicial com base na tese do Marco Temporal, que nega os direitos originários assegurados pela Constituição de 1988.

 

“Quando a gente fala que a aldeia corre o risco de extermínio é porque o município é totalmente anti-indígena, não gosta de indígena. Estamos cansados de tudo isso, alguém precisa fazer alguma coisa”, afirmou outra liderança em entrevista ao Conselho.

 

Leia na íntegra as notas do ANDES-SN aqui e a conjunta das entidades aqui

 

Fontes: com informações do Cimi, CSP-Conlutas e ANDES-SN

 

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