03/12/2024

Diretoria e Crad da ADUA tomam posse para o biênio 2024-2026

Eleições ocorreram nos dias 21 e 22 de novembro

Sue Anne Cursino

Docentes eleitas(os) para a Diretoria e o Conselho de Representantes das Unidades (Crad) da ADUA foram empossadas(os) no dia 27 de novembro para o biênio 2024-2026. A cerimônia ocorreu durante Assembleia Geral Simultânea realizada nos seis campi da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), de forma híbrida e com transmissão pelo canal da Seção Sindical.

Em Manaus, no auditório professor Osvaldo Coelho, na sede da ADUA, o presidente da Seção Sindical (biênio 2022- 2024), professor Jacob Paiva, deu início à assembleia organizando a composição da mesa, que contou com a presença do reitor da Ufam, Sylvio Puga, da presidente eleita para a gestão 2024-2026 da ADUA, professora Ana Lúcia Gomes, e de representante do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam) e do Diretório Central dos Estudantes da Ufam (DCE).

Jacob Paiva fez um balanço das atividades destacando a superação de desafios no contexto pós-pandemia da Covid-19, como a retomada da presencialidade, organização de jornadas de lutas, mesas de debates, manifestações, participação no III Congresso Estatuinte da Ufam e na criação do Fórum de Luta no Amazonas e do Comitê de Lutas da Ufam.

O docente enfatizou ainda a intensa presença de docentes sindicalizadas(os) à ADUA nos Congressos, Conselhos e reuniões do setor das federais e dos Grupos de Trabalhos do ANDES-SN. A frase “ninguém solta a mão de ninguém” foi usada por Jacob para finalizar seu discurso de esperança e resistência, com destaque ao companheirismo das(os) docentes que estiveram também na direção da Seção Sindical, sendo o 1º vice-presidente, Aldair Andrade; a 2ª vice-presidente, Maria Eliane Vasconcelos; a 1ª secretária, Ana Cláudia Nogueira; a 2ª secretária, Jocélia Barbosa; o 1º tesoureiro, Antonio José Vale da Costa (Tomzé) e o 2º tesoureiro, Jorge Barros.

O reitor da Ufam e sindicalizado da Seção Sindical, Sylvio Mário Puga, agradeceu de forma pública a atuação da ADUA no processo de reforma do Estatuto da instituição de ensino realizado neste ano, destacando a atuação da professora Ana Cláudia Nogueira na Comissão Geral Estatuinte (CGE). “Hoje o texto já se encontra no MEC e aguardamos a sua aprovação”.

Por meio de vídeo, o presidente do ANDES-SN, Gustavo Seferian, fez uma saudação durante a assembleia. “A chapa eleita assume a diretoria em um período que vai exigir extremos esforços de mobilização e luta em âmbitos dos mais variados, a começar pela efetivação dos acordos de greve assinados no primeiro semestre de 2024, resultado de uma grande mobilização nacional”. Seferian cumprimentou também a gestão que finaliza os trabalhos neste ano, ressaltando o alicerce nas boas lutas da ADUA e o lançar de novos horizontes para a nova gestão.

O coordenador geral do Sintesam, Diego Squinello, destacou o impacto positivo da atuação da ADUA em buscar promover maior aproximação entre entidades sociais, políticas e sindicais, ressaltando a luta por uma Ufam cada vez mais amazônica. “A ADUA tem atuado nos processos de fortalecimento da unidade de luta política. Isso é fruto da dedicação e esforço das entidades e coletivos que constroem essa luta conosco. Certamente continuaremos ainda mais próximos. Aproveito para parabenizar os colegas pela força e coragem. É muito difícil assumir a luta sindical, mas é necessário. Só a luta muda a vida. Boa luta, e nos vemos no combate”.

Com a abertura das manifestações das(os) presentes, o representante da União Plurinacional dos Estudantes Indígenas (UPEI) e do Movimento dos Estudantes Indígenas do Amazonas (Meiam), Arlindo Baré, parabenizou a realização da assembleia de posse e chamou atenção para a necessidade de inclusão indígena na universidade. Segundo ele, o movimento indígena compreende que as universidades ainda privilegiam determinadas parcelas da população. “Reivindicamos nossa presença nesses espaços. Por isso, é fundamental que o movimento docente também abrace o movimento estudantil indígena”, afirmou.

“Amazônia: Resistir é primeiro existir” é tema do calendário 2025 da ADUA

Em seguida foi apresentado o calendário 2025 da entidade, que ilustra em sua estética artística as diversas populações e ocupações amazônicas. O trabalho foi desenvolvido pela equipe de comunicação da ADUA, com diagramação de Felipe Costa e ilustrações do artista Yan Bentes.

Diretoria e Crad empossados

Sob aplausos, foram chamados as(os) integrantes da nova diretoria da ADUA e do CRAD para tomarem posse. Durante a cerimônia, os nomes de todas(os) (as)os integrantes foram anunciados.

Compõem a Diretoria Executiva eleita as(os) docentes Ana Lúcia Silva Gomes (presidente); Raimundo Nonato Pereira da Silva (1º vice-presidente); José Alcimar de Oliveira (2º vice-presidente); Valmiene Florindo Farias Sousa (1ª secretária); Francisca Maria Coelho Cavalcanti (2ª secretária); Ana Cristina Belarmino de Oliveira (1ª tesoureira) e Maria Jacirema Ferreira Gonçalves (2ª tesoureira).

As(os) professoras(es) eleitas(os) para o Crad como titulares foram: Deyvylan Araujo Reis (EEM); Elciclei Faria dos Santos (Faced); Maria de Jesus Campos de Souza Belém (Faced); Guilhermina de Melo Terra (FIC); Ivânia Maria Carneiro Vieira (FIC); Douglas Ferreira de Paula (Flet); Ilia Gilmara Carvalho dos Santos (ICB); Mayara Fraeda Barbosa Teixeira (ICE); Raphael Di Carlo Silva dos Santos (ICE); Márcia Reis Pena (ICET); Wagner Gomes Rodrigues Junior (ICET); Maria Audirene de Souza Cordeiro (ICSEZ); Heron Salazar Costa (IEAA); Tharcísio Santiago Cruz (IEAA); José Belizario Neto (IFCHS); Jarliane da Silva Ferreira (INC) e Solano da Silva Guerreiro (INC). Como suplente no INC foi eleito o docente Max de Souza Pinheiro.

Heron Salazar e Tharcísio Santiago foram empossa dos como representantes do IEAA/Humaitá na ADUA 

Já empossada como nova presidente da ADUA, a professora Ana Lúcia Gomes, destacou seu compromisso com uma atuação firme e combativa, como demonstrou no biênio 2020-2022, quando, mesmo em meio à pandemia da Covid-19, esteve nas ruas de Manaus e Brasília lutando contra o governo Bolsonaro e em defesa da vida. “Fomos para as ruas não só para pedir a saída do desgoverno, mas para defender o direito à vida, combater a violência contra as mulheres, o racismo e lutar pelas comunidades tradicionais. Foi uma luta muito intensa”, relembrou.

Ana Lúcia também reforçou a importância da formação política para compreender que a luta sindical é, acima de tudo, uma defesa das universidades e da sociedade. “Quando fazemos greves ou manifestações, estamos defendendo a universidade pública, os estudantes, os docentes, os TAEs e até os terceirizados. Aprendi no ANDES-SN que a luta sindical é ampla e necessária. Não podemos fechar os olhos para as discriminações de gênero e raça, para o genocídio na Palestina, para a destruição dos povos originários. Não dá para fingir que essas atrocidades são normais”, afirmou emocionada.

A professora destacou que a experiência sindical transformou seu modo de enxergar a vida. “Hoje estou muito emocionada em ver tanta gente aqui no auditório Professor Osvaldo Coelho. Estou feliz com a presença de cada um e cada uma, pois não posso me limitar a dar aula, ir para o laboratório, publicar artigos e fingir que está tudo bem. Entrar no sindicato abriu meus olhos e me trouxe até aqui”, finalizou Ana Lúcia Gomes, reafirmando o compromisso de estar na ADUA para enfrentar os desafios da categoria docente.

Comissão Eleitoral apurou votos na noite de 22 de novembro

Eleições da ADUA: Docentes votam nos seis campi da Ufam

Ao todo, 289 docentes sindicalizados e sindicalizadas à ADUA compareceram às urnas das eleições da ADUA realizada nos dias 21 e 22 de novembro. A apuração dos votos foi realizada na noite do dia 22 de novembro, na sede da Seção Sindical. 

A chapa única “ADUA: a força vem da luta” recebeu 281 votos, referendando a vitória com 30% dos votos das(os) docentes aptas(os) a votar. Para o Crad, foram eleitas(os) 18 docentes. O quantitativo de votos foi retificado pela Comissão Eleitoral.

Votando pela primeira vez nas eleições da ADUA, a docente Lionela da Silva Correa (Feff), falou sobre esse importante momento. “Eu estou sindicalizada desde o ano passado [2023] e é a primeira vez que estou votando. Eu acredito que precisamos dessa representatividade. Vir votar é uma questão de cidadania, para fazer a escolha dos nossos representantes, daquelas pessoas que vão estar à frente da luta do professor”.

Já o docente aposentado, Aloysio Nogueira, um dos fundadores da ADUA, compareceu à sede da entidade para reafirmar seu compromisso com a democracia e a luta sindical. “Meu interesse de vir aqui hoje - como sempre estive presente em todas as eleições – é porque primeiro eu sou um dos fundadores da ADUA.  Então eu tenho essa compreensão de que é importante ter uma organização para a luta docente em defesa da educação pública”.

O presidente da Comissão Eleitoral, professor Aldair Oliveira, agradeceu às pessoas envolvidas no processo eleitoral enfatizando a transparência e a organização do pleito. “De modo geral, é uma eleição de pequeno porte, mas fizemos todo o esforço para que ocorresse de forma transparente e organizada. Contamos com mais de cem pessoas contribuindo para o processo organizativo nos seis campi. Além das comunicações oficiais da ADUA, encaminhamos pelo SEI [Sistema Eletrônico de Informações] da Ufam o protocolo sobre a realização das Eleições, que foi bem recebido. Fizemos isso porque este sindicato representa os docentes da universidade, sendo, portanto, essencial que todos, mesmo aqueles não sindicalizados, tenham acesso à informação”.

Fotos: Ascom ADUA/Daisy Melo, IEAA/Divulgação, INC/Divulgação e ICET/Divulgação