Diretoria e Crad empossados - Foto: Daisy Melo/ Ascom ADUA
Docentes eleitas(os) para a Diretoria e o Conselho de Representantes das Unidades (Crad) da ADUA foram empossadas(os) na quarta-feira (27) para o biênio 2024-2026. A cerimônia ocorreu durante Assembleia Geral Simultânea realizada nos seis campi da Ufam por meio de sala virtual e transmissão pelo canal da Seção Sindical em www.youtube.com/@canaladua.
O presidente da entidade (gestão 2022-2024), professor Jacob Paiva, fez um balanço das atividades destacando a superação de desafios no contexto pós-pandemia, como a retomada da presencialidade, organização de jornadas de lutas, mesas de debates, manifestações nas ruas e participação na criação de espaços de luta como o Fórum de Luta no Amazonas e o Comitê de Lutas da Ufam, assim como a realização do III Congresso Estatuinte da Ufam. O docente enfatizou ainda a intensa a participação de docentes da ADUA nos Congressos, Conselhos e reuniões do setor das federais e dos Grupos de Trabalhos do ANDES-SN.
Jacob destacou a necessidade da atualização do regimento da ADUA, que remonta à década de 1990, considerando a realidade multicampi da Ufam. A frase “ninguém solta a mão de ninguém” foi usada para finalizar o discurso de esperança e resistência do professor que esteve à frente da Seção Sindical em conjunto com o 1º vice-presidente, Aldair Oliveira de Andrade; a 2ª vice-presidente, Maria Eliane de Oliveira Vasconcelos; a 1ª secretária, Ana Cláudia Fernandes Nogueira; a 2ª secretária, Jocélia Barbosa Nogueira; o 1º tesoureiro, Antonio José Vale da Costa (Tomzé), e o 2º tesoureiro, Jorge de Moura Barros.
O diretor responsável pela comunicação na ADUA, Tomzé, apresentou o calendário 2025 da entidade, destacando sua estética artística que ilustra diversas populações e ocupações amazônicas. O trabalho foi desenvolvido pela equipe de comunicação da ADUA, com diagramação de Felipe Costa, e ilustrações do artista, Yan Bentes. O docente também ressaltou a publicação do Boletim Especial em comemoração aos 45 anos da Seção Sindical, evidenciando a importância de preservar a memória e os marcos da luta sindical. Ao final do balanço da gestão, foi apresentado o videoclipe disponível aqui.
Tomzé Costa apresenta o calendário 2025 da ADUA - Foto: Daisy Melo/ Ascom ADUA
Eleição
O presidente da Comissão Eleitoral, professor Aldair Oliveira, agradeceu às pessoas envolvidas no processo eleitoral, enfatizando a transparência e a organização do pleito, realizado nos dias 21 e 22 de novembro. “De modo geral, é uma eleição de pequeno porte, mas fizemos todo o esforço para que ocorresse de forma transparente e organizada. Contamos com mais de 100 pessoas contribuindo para o processo organizativo nos seis campi. Além das comunicações oficiais da ADUA, encaminhamos pelo SEI [Sistema Eletrônico de Informações] da Ufam o protocolo sobre a realização das Eleições, que foi bem recebido. Fizemos isso porque este sindicato representa os docentes da universidade, sendo, portanto, essencial que todos, mesmo os não sindicalizados, tenham acesso à informação”.
Foto: Daisy Melo/ Ascom ADUA
Ao todo, 289 docentes sindicalizados e sindicalizadas à ADUA compareceram às urnas nos três turnos dos dois dias das eleições. A apuração dos votos foi realizada na noite de sexta-feira (22), na sede Seção Sindical.
A chapa única “ADUA: a força vem da luta” recebeu 281 votos, referendando a vitória com 30% dos votos das(os) docentes aptas(os) a votar. Para o Crad, foram eleitas(os) 18 docentes. O quantitativo de votos foi retificado pela Comissão Eleitoral durante a assembleia de posse.
Diretoria empossada (biênio 2024-2026) - Foto: Daisy Melo/ Ascom ADUA
Compõem a Diretoria Executiva eleita as(os) docentes Ana Lúcia Silva Gomes (presidente); Raimundo Nonato Pereira da Silva (1º vice-presidente); José Alcimar de Oliveira (2º vice-presidente); Valmiene Florindo Farias Sousa (1ª secretária); Francisca Maria Coelho Cavalcanti (2ª secretária); Ana Cristina Belarmino de Oliveira (1ª tesoureira) e Maria Jacirema Ferreira Gonçalves (2ª tesoureira).
Integrantes do Crad (biênio 2024-2026) - Foto: Daisy Melo/ Ascom ADUA
As(os) professoras(es) eleitas(os) para o Crad como titulares foram: Deyvylan Araujo Reis (EEM); Elciclei Faria dos Santos (Faced); Maria de Jesus Campos de Souza Belém (Faced); Guilhermina de Melo Terra (FIC); Ivânia Maria Carneiro Vieira (FIC); Douglas Ferreira de Paula (Flet); Ilia Gilmara Carvalho dos Santos (ICB); Mayara Fraeda Barbosa Teixeira (ICE); Raphael Di Carlo Silva dos Santos (ICE); Márcia Reis Pena (ICET); Wagner Gomes Rodrigues Junior (ICET); Maria Audirene de Souza Cordeiro (ICSEZ); Heron Salazar Costa (IEAA); Tharcísio Santiago Cruz (IEAA); José Belizario Neto (IFCHS); Jarliane da Silva Ferreira (INC) e Solano da Silva Guerreiro (INC). Como suplente no INC foi eleito o docente Max de Souza Pinheiro.
Já empossada como nova presidente da ADUA, a professora Ana Lúcia Gomes, destacou seu compromisso com uma atuação firme e combativa, como demonstrou no biênio 2020-2022, quando, mesmo em meio à pandemia da Covid-19, esteve nas ruas de Manaus e Brasília lutando contra o governo Bolsonaro e em defesa da vida. “Fomos para as ruas não só para pedir a saída do desgoverno, mas para defender o direito à vida, combater a violência contra as mulheres, o racismo e lutar pelas comunidades tradicionais, foi uma luta muito intensa”, relembrou.
Ana Lúcia também reforçou a importância da formação política para compreender que a luta sindical é, acima de tudo, uma defesa das universidades e da sociedade. “Quando fazemos greves ou manifestações, estamos defendendo a universidade pública, os estudantes, os docentes, os TAEs e até os terceirizados. Aprendi no ANDES-SN que a luta sindical é ampla e necessária. Não podemos fechar os olhos para as discriminações de gênero e raça, para o genocídio na Palestina, para a destruição dos povos originários. Não dá para fingir que essas atrocidades são normais”, afirmou emocionada.
A professora concluiu destacando como a experiência sindical transformou sua perspectiva. “Hoje, estou muito emocionada em ver tanta gente aqui no auditório Professor Osvaldo Coelho. Estou feliz com a presença de cada um. Não posso me limitar a dar aula, ir para o laboratório, publicar artigos e fingir que está tudo bem. Entrar no sindicato abriu meus olhos e me trouxe até aqui”, finalizou Ana Lúcia Gomes, reafirmando o compromisso da ADUA com os desafios da categoria docente.
Docentes em AG no IEAA/Humaitá (Divulgação)
Mesa
A mesa da AG também contou com a presença do reitor da Ufam e sindicalizado da Seção Sindical, Sylvio Mário Puga. O reitor agradeceu de forma pública a atuação da ADUA no processo de reforma do Estatuto da instituição de ensino, realizado neste ano, destacando a atuação da professora Ana Cláudia Nogueira na Comissão Geral Estatuinte (CGE). “Hoje o texto já se encontra no MEC e aguardamos a sua aprovação”.
Por meio de vídeo, o presidente do ANDES-SN, Gustavo Seferian, fez uma saudação durante a assembleia. “A chapa eleita assume a diretoria em um período que vai reclamar extremos esforços de mobilização e luta em âmbitos dos mais variados, a começar pela efetivação dos acordos de greve assinado no primeiro semestre de 2024, resultado de uma grande mobilização nacional”. Seferian cumprimentou também a gestão que finaliza os trabalhos neste ano, ressaltado o alicerce nas boas lutas da ADUA e o lançar de novos horizontes para a nova gestão.
Foto: Daisy Melo/ Ascom ADUA
O evento contou com a presença de representantes do Sintesam, DCE/Ufam e MEIAM. O coordenador geral do Sintesam, Diego Squinello, destacou o momento como um marco de renovação na universidade. “Esse momento da posse marca um período de mudança na nossa universidade, com a posse do DCE em setembro, agora da ADUA, e no próximo ano será da nova reitoria da Ufam e da direção do Sintesam”.
Squinello também enfatizou o impacto positivo da atuação da ADUA em buscar promover maior aproximação entre as entidades e ressaltou a luta por uma Ufam cada vez mais amazônica. “Quero parabenizar a gestão. Desde o início, fizemos uma parceria que permitiu construir processos de fortalecimento da unidade de luta política. Isso é fruto da dedicação e esforço das entidades e coletivos que constroem essa luta conosco. Certamente continuaremos ainda mais próximos. Aproveito para parabenizar os colegas pela força e coragem. É muito difícil assumir a luta sindical, mas é necessário. Só a luta muda a vida. Boa luta, e nos vemos no combate”.
Representando o DCE e a UNE-AM, Ricardo Miranda, estudante de Ciências Econômicas, enfatizou a relevância da parceria entre o DCE e a categoria docente para enfrentar os desafios enfrentados pelas universidades públicas, especialmente em meio à crise ambiental na Amazônia. Ele afirmou que é papel da universidade compreender os problemas da sociedade e propor soluções efetivas. “Reconstruir a universidade é essencial para revolucionar esse sistema. Precisamos interromper a lógica de destruição da sociedade, pois é nosso dever garantir a sobrevivência das futuras gerações”.
O representante da União Plurinacional dos Estudantes Indígenas (UPEI) e do Movimento dos Estudantes Indígenas do Amazonas (Meiam), Arlindo Baré, parabenizou a realização da assembleia de posse e chamou atenção para a necessidade de inclusão indígena na universidade. Segundo ele, o movimento indígena compreende que as universidades ainda privilegiam determinadas parcelas da população. “Reivindicamos nossa presença nesses espaços. Por isso, é fundamental que o movimento docente também abrace o movimento estudantil indígena”, afirmou.
O indígena de São Gabriel da Cachoeira, Armindo Góes, agradeceu, em nome do povo Yanomami, pela contribuição do ANDES-SN durante a crise humanitária enfrentada no território Yanomami de Roraima em 2023. Atendendo à deliberação do 41º Congresso do ANDES-SN, realizado em fevereiro em Rio Branco (AC), o Sindicato Nacional destinou R$ 200 mil, por meio da Hutukara Associação Yanomami (HAY), para ações de socorro emergencial.
Docentes do ICSEZ/Parintins em AG (Divulgação)
Docentes do ICET/Itacoatiara em AG (Divulgação)
Fonte: ADUA
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