Data: 13/07/2016
O Conselho Universitário da USP aprovou ontem (12) o programa de incentivo à demissão voluntária e o programa de incentivo à redução de jornada de trabalho.
Ambos devem ter início imediato e visam reduzir custos da universidade, que deve fechar o ano no negativo, com déficit de R$ 868 mil. A reunião que decidiu pela implementação das medidas teve duração de cerca de cinco horas. Estudantes foram contrários aos programas, mas foram voto vencido.
Na tarde de ontem, a USP também se reuniu com o sindicato dos trabalhadores da instituição, que segue em greve há dois meses, para a segunda reunião de conciliação.
A audiência aconteceu nesta terça-feira (12), no Tribunal Regional do Trabalho, no Centro da cidade, e teve como pauta o pagamento dos servidores durante o período de greve. As informações são da Globo News e do SPTV.
A greve dos trabalhadores é motivada pelo pedido de reajuste salarial de 12,34% e maiores investimentos, por parte dos trabalhadores. Durante a reunião, entretanto, o sindicato discutiu o reembolso salarial dos meses de paralisação. Os trabalhadores pediam ressarcimento total, mas a universidade propôs o pagamento de apenas um mês, mediante reposição de horas.
Encerrada por volta das 17h, a reunião durou pouco mais de 20 minutos. Segundo o desembargador Wilson Fernandes, presente na audiência, sem acordo, a USP tem agora 10 dias para analisar documentos apresentados pelo sindicato. Nos cinco dias seguintes, é o movimento que deve se manifestar. Após o prazo, os autos devem seguir ao Ministério Público.
Lá, eles serão distribuídos ao relator do processo, que deverá registrar seu voto sobre a disputa e submetê-la a julgamento em uma sessão específica. Para o desembargador, todo o processo deve levar ao menos mais de trinta dias. "Greve não será julgada antes que se concluam três meses de paralisação", afirmou.
Fonte: G1/ São Paulo |