Data: 10/06/2016
Os servidores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) que consideram terem sido submetidos a situações humilhantes e constrangedoras em seu ambiente de trabalho na instituição passam a contar com uma nova ferramenta para relatar as possíveis violações sofridas. Trata-se do formulário “Quesitos sobre o Assédio Moral na Ufam”, criado pela Comissão de Combate ao Assédio Moral (CCAM) na universidade em parceria com a Defensoria Pública da União no Amazonas (DPU/AM).
O questionário está disponível e pode ser preenchido também por docentes e técnicos que já têm o caso incluído no dossiê elaborado pela CCAM e entregue à DPU/AM e outras instituições de fiscalização para apuração de condutas abusivas possivelmente cometidas no ambiente de trabalho.
O chamamento para relatar os casos é um dos desdobramentos da reunião realizada entre a CCAM e a DPU/AM, em meados de abril. Elaborado pela Comissão, o formulário conta com 46 questões abertas e fechadas que versam, por exemplo, sobre o tipo de assédio sofrido, quem o cometeu, a frequência com que as violações ocorriam, entre outras.
Segundo o defensor público-chefe da DPU, Pedro Rennó Marinho, o levantamento dos casos individuais de assédio moral praticados dentro da universidade busca dar visibilidade aos danos ocasionados pela prática, legitimar a existência do assédio moral no ambiente universitário e mostrar às vítimas que elas não estão sozinhas. “Mesmo que as pessoas não tenham provas inicialmente, tem sempre alguém que viu ou ouviu alguma coisa. Quando se tem muita gente se manifestando é sinal de que elas não estão sozinhas”, afirmou.
Preenchido o formulário, o denunciante deve clicar em ‘Submit’ para concluir o envio das informações. Os interessados em preencher o questionário para relatar um novo caso ou fornecer a atualização do andamento de medida adotada anteriormente não precisam se identificar.
O conteúdo das respostas prestadas pelos interessados é sigiloso, tendo acesso ao mesmo apenas a DPU e a CCAM, que farão uso do conteúdo somente com autorização prévia.
Fonte: ADUA |