Data: 05/05/2016
No período de dezembro de 2015 a fevereiro deste ano, professores, alunos e técnicos administrativos da Ufam tiveram a oportunidade de expor opiniões sobre a atual situação da universidade. Além disso, puderam sugerir ações para a melhoria de aspectos considerados críticos na instituição. Por meio de um questionário disponibilizado na plataforma e-campus, a comunidade acadêmica deixou sua opinião sobre a função da instituição, e sobre quais problemas devem ser resolvidos.
A iniciativa, chamada de Autoavaliação Institucional, foi estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC) em 2004 e integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). É o principal recurso de que o governo federal dispõe para verificar a qualidade do ensino nas universidades, tanto públicas como privadas.
“A importância dessa ação, contudo, permanece desconhecida por grande parte da comunidade acadêmica. Segundo a pesquisa, cerca de 60% das pessoas não conhece o sistema de autoavaliação”, afirma o presidente da Comissão Própria de Avaliação (CPA) da Ufam, professor Raimundo Passos. “Nossa tarefa, agora, é promover uma maior participação das pessoas nesse processo”, complementa.
Na última avaliação apenas 8,1% dos alunos responderam ao questionário. O grupo foi dividido em duas categorias: presenciais (cursos regulares) e especiais (alunos de ensino à distância e Programa de Formação Docente). Já os técnico-administrativos registraram presença de 9,1%. Por outro lado, houve aumento no índice de participação dos professores: de 21% no ano passado para 24,5% (431 docentes) em 2016.
“É um aumento significativo, pois novos professores entraram na universidade. Isso pode ser atribuído ao reconhecimento da avaliação como uma forma de reivindicar melhorias”, sugere Passos.
Estratégias
O questionário abrange dez dimensões, como infraestrutura, responsabilidade social e a missão da universidade. Além disso, é possível averiguar a opinião da comunidade sobre a execução do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), o documento que traz uma série de estratégias para o desenvolvimento da universidade ao longo de dez anos.
O Relatório de Autoavaliação Institucional deste ano foi produzido pela CPA e pelas onze Comissões Setoriais de Avaliação (CSA), a partir dos dados coletados nos questionários. O relatório, que deverá ser disponibilizado no site da Ufam em maio, apresenta uma análise qualitativa dos resultados para o aperfeiçoamento da instituição.
“Não é possível destacar um problema em especial, pois todas as dimensões da vida acadêmica estão relacionadas. Por isso, preferimos fazer uma avaliação geral”, explica Passos.
Já o processo de avaliação externa é realizado pelo MEC, por meio do Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Esta etapa também leva em conta as notas obtidas pelos cursos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Ao final do processo, o órgão determina o recadastramento (ou não) das universidades junto ao MEC.
“Curiosamente, as dificuldades citadas pelos alunos formandos também podem ser identificadas no processo de autoavaliação”, observa Passos.
Fonte: ADUA |