25 de julho é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e no Brasil o Dia Nacional de Tereza de Benguela, que viveu no século XVIII no Vale do Guaporé (MT) e liderou o Quilombo de Quariterê, que abrigava mais de 100 pessoas, incluindo indígenas. A liderança de Tereza se destacou com a criação de uma espécie de Parlamento e de um sistema de proteção da população quilombola. Ela foi morta após ser capturada por soldados.
O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) e teve origem durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana, em 1992. No evento foram compartilhadas vivências, denúncia de opressões e realizados debates de estratégias de luta contra o racismo e o machismo. Já o Dia de Tereza de Benguela foi instituído no Brasil pela Lei 12.987/2014.
Essas datas trazem visibilidade à luta das mulheres negras em defesa de direitos e contra as opressões. A realidade das mulheres negras no Brasil não deixa dúvidas da combinação perversa no capitalismo entre machismo e racismo.
A 18ª edição do Anuário Brasileiro da Segurança Pública, divulgada neste ano, aponta: as mulheres foram as maiores vítimas de estupros cometidos em 2023. Quando o assunto é feminicídio, elas também são maioria: 63,6% das vítimas eram mulheres negras dos 1.467 casos registrados.
Quando o assunto é emprego, as mulheres negras também têm destaque em termos de desigualdade. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2023 divulgada em maio deste ano. as jovens de 18 a 29 anos tiveram uma taxa de desemprego três vezes maior que a dos homens brancos. Quando empregada, a juventude feminina negra tem uma renda 47% menor que a da média nacional e quase três vezes menor que a dos homens brancos.
Fontes: com informações do ANDES-SN e CSP-Conlutas
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